No encalço dos incendiários de Pedrógão

Bombeiros e populares ouvidos pelo SOL no terreno suspeitam que mão criminosa tem ajudado a propagar o fogo. Na quarta-feira, terão mesmo sido avistadas duas carrinhas suspeitas.

Nos últimos dois meses, as autoridades já tinham registado sete incêndios florestais no concelho de Pedrógão Grande, todas com hora marcada entre o final de tarde e a noite. E destas sete ignições, há seis que foram sempre na mesma localidade, Coelhal, que fica a uma distância de cerca de três quilómetros em linha reta de Escalos Fundeiros, o ponto de origem do incêndio que assolou o concelho nos últimos dias e roubou a vida a 64 pessoas. A exceção a esta regra foi um fogo que deflagrou em Casal Pevide, de acordo com os dados que constam do site da Autoridade Nacional da Proteção Civil, analisados pelo SOL.

Com todas estas ignições registadas num curto intervalo de tempo antes do incêndio de grandes proporções que chocou o país, os bombeiros da zona de Pedrógão Grande já estavam sob alerta. «Aquela zona já estava a ser investigada desde há um mês porque havia várias tentativas de incêndio postos e já havia alguns suspeitos», disse ao SOL uma fonte ligada ao teatro das operações.

Além disso, o SOL sabe que, na passada quarta-feira, dia em que as chamas de Pedrógão foram dominadas, os bombeiros avistaram um grupo de pessoas que estavam na zona a tentar reativar o incêndio. Os indivíduos conseguiram fugir em duas carrinhas, que já foram entretanto identificadas pelos bombeiros, sabe o SOL junto de fonte próxima do processo.

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