PCP quer novo aumento de dez euros nas pensões a partir de 1 de janeiro

Os comunistas querem “dar continuidade em 2019” aos aumentos extraordinários nas pensões verificados em 2017 e 2018

Um dos objetivos do PCP nas negociações do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019) é "assegurar um novo aumento mínimo de dez euros a todas as pensões, com efeitos a 01 de janeiro" e não apenas a partir de agosto, como aconteceu este ano e no ano passado. O anúncio foi feito por Jorge Cordeiro, membro da comissão política do Comité Central, numa conferência de imprensa na sede comunista, em Lisboa.

Segundo o dirigente, o PCP "procurará dar continuidade em 2019" aos aumentos extraordinários nas pensões verificados em 2017 e 2018. "Com o aumento geral das pensões abrangendo 3,6 milhões de pessoas e, em particular, o aumento extraordinário alcançado nos OE2017 e OE2018, cerca de 1,2 milhões de reformados terão um aumento acumulado superior a 20 euros em reformas e pensões que estavam congeladas há largos anos", defendeu.

Jorge Cordeiro sublinhou ainda que têm como "compromisso" "ir mais longe na reposição de rendimentos do que aquele que resultaria do mero descongelamento da atualização anual como o Governo minoritário do PS e o BE defendiam".

O comunista reiterou também a necessidade de aumento do salário mínimo nacional para 650 euros em janeiro de 2019, estimando que a medida significaria uma receita líquida de 260 milhões de euros para a Segurança Social.

Sobre Assunção Cristas, Jorge Cordeiro afirmou que a presidente do CDS-PP está a um "exercício pouco sério, de alguém com consciência pesada", por atribuir a baixa do desemprego à ação do anterior governo (a coligação entre PSD e CDS).

As declarações da líder centrista são "mistificação e ocultação de responsabilidades", uma vez que a própria Assunção Cristas participou naquele executivo, acrescentou.