O ministro-adjunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, abriu o segundo dia de debate sobre o Orçamento do Estado a garantir que o documento apresenta “contas certas”.
Num discurso que recebeu, amíude, palmas da bancada do PS, Siza Vieira procurou passar a mensagem: o orçamento é “assente em projeções realistas”, o quarto orçamento do Estado do atual governo segue uma “gestão financeira rigorosa” e, por isso, as contas de 2019 serão “de continuidade e de futuro”.
Siza Vieira acabou por ser confrontado sobre as políticas do interior, com o deputado António Costa e Siva, do PSD, a defender que o Estado “falhou” há um ano nos incêndios e que o discurso sobre o interior “é só conversa”.
António Costa e Silva ainda considerou que o interior “foi sempre a noiva” que o executivo deixou para trás. O parlamentar do PSD não resistiu a fazer uma alusão a um momento inaudito do primeiro dia de debate: “ A noiva até se arranja e pinta as unhas em pleno debate orçamental”. A frase reporta-se à imagem publicada pela Reuters da deputada socialista Isabel Moreira a pintar uma unha em pleno debate orçamental.
Hortense Martins, do PS, respondeu ao deputado do PSD que no anterior governo, a noiva “ não arranjou noivo”, e que com o anterior governo, os portugueses só poderiam “esperar empobrecimento e miséria”. Por fim , apelou à solidariedade do país com o interior.
O Bloco de Esquerda entrou no segundo dia de debate com o deputado Heitor de Sousa, a questionar o ministro adjunto e da Economia sobre a execução do investimento publico. “ O problema é de prioridades e vontade política. E a vontade política do governo é alcançar o défice zero”, criticou o deputado do Bloco de Esquerda.
Já Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, começou por dizer que o discurso de Siza Vieira era uma “desilusão”. O CDS esperava que Siza Vieira abordasse, com mais detalhe, a descida de três cêntimos no ISP. “Ou é publicidade enganosa”, do ministro das Finanças, ou o ministro adjunto e da Economia não acredita na proposta, atirou Nuno Magalhães.