‘Tem havido apoio dos médicos’

A segunda greve cirúrgica vai a meio, mas os efeitos da paralisação podem ir além do cancelamento de cirurgias. A bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que ‘rem havido apoio dos médicos’.

‘Tem havido apoio dos médicos’

A greve cirúrgica está a afetar a relação entre médicos e enfermeiros?

Não. Até porque nenhum de nós trabalha sem o outro. E tem havido também, do ponto de vista público – em artigos e em publicações nas redes sociais –, publicações e artigos de médicos a apoiar os enfermeiros. Acho que não sentimos que isso exista. Sentimos que existe uma luta dos enfermeiros que é justa, é um grito de revolta.  

O adiamento de cirurgias prejudica o funcionamento do SNS?

Neste momento, a produção cirúrgica aumentou, apesar de ser uma greve. E isto, ao contrário do que as pessoas possam pensar, não é deliberadamente para prejudicar as pessoas. Em Braga, por exemplo, acabou-se com as listas de espera, portanto há aqui uma intenção, não de prejudicar as pessoas, mas de atingir as instituições e o Governo na questão do financiamento.

Os serviços mínimos deveriam ser alargados durante esta greve?

A informação que a Ordem tem por parte de todos os enfermeiros diretores é que não há nada que tenham que comunicar à Ordem por violação de serviços mínimos. É à Ordem, se houvesse uma violação de serviços mínimos, que competia abrir os inquéritos disciplinares aos enfermeiros. De resto, aquilo que eu ouço é o Governo a dizer que houve, mas não apresenta casos concretos. Essa é que é a questão. Acho que tem de se começar a perguntar ao Governo quais são esses casos em que houve violação dos serviços mínimos.

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