Remodelação. Costa justifica escolhas em nome da “continuidade”

Ministros e secretários de Estado tomaram posse no Palácio. Cerimónia durou 11 minutos e, no final, o primeiro-ministro confirmou, a partir do Palácio de Belém, que Maria Manuel Leitão Marques, ex-ministra da Presidência, será candidata nas eleições europeias.

A posse dos três novos ministros e respetivos secretários de Estado da quarta remodelação governamental de António Costa ficou concluída em onze minutos. No final da cerimónia, que decorreu no Palácio de Belém, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, cumprimentou os novos governantes bem como os cessantes – Pedro Marques e Maria Manuel Leitão Marques- e acabou por felicitar de forma mais prolongada a nova ministra da Presidência e da Modernização Administrativa: Mariana Vieira da Silva. 

O primeiro-ministro, António Costa, falou aos jornalistas no final da posse dos novos governantes, considerando que as suas opções são "de continuidade e com o mínimo de descontinuidade" e que a aposta na nova geração é fruto "da boa experiência" dos novos ministros. estando todos em "excelentes condições de fazer a boa execução do programa de governo".

Esta segunda-feira tomaram posse a nova ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, o ministro das Infra-estruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, e o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro e dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, além dos respetivos secretários de Estado dos ministros.

António Costa não se furtou a responder a perguntas dos jornalistas e, em direto para as televisões, lembrou que quando se candidatou a primeiro-ministro fê-lo com uma agenda "para a década". Foi desta forma que o governante respondeu à pergunta sobre a continuidade do atual elenco governativo para a próxima legislatura, caso o PS vença as eleições.

No final, o primeiro-ministro ainda confirmou que a ministra cessante Maria Manuel Leitão Marques será candidata às eleições europeias de 26 de maio. 

Quanto à moção de censura do CDS e a posição do PSD, Costa considerou que "face à dinâmica das coisas" é natural que "o PSD seja arrastado pelo CDS". Os sociais-democratas anunciaram esta segunda-feira que votarão a favor da moção, apesar de não lhe reconhecer efeitos práticos.