Marcelo não valoriza laços familiares no governo

Ministros José e Mariana Vieira da Silva são pai e filha, um facto que tem sido criticado na oposição, designadamente, no PSD. Presidente da República lembrou aos jornalistas que ligações familiares estão presentes no executivo desde 2015.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, desvalorizou esta quinta-feira as relações familiares de membros do governo socialista, considerando que as escolhas já vinham de 2015.

"Já vinha da posse dada ao Governo pelo meu antecessor. Já naquela ocasião havia dois ministros que, pelo mérito próprio, sendo embora cônjuges, tinham assento no Conselho de Ministros e já havia um ministro e uma secretária de Estado que, pelo mérito próprio, eram pai e filha com assento em Conselho de Ministros. Portanto, essa era a situação desde novembro de 2015 e que eu recebi a 9 de março de 2016, sempre entendendo que a escolha que foi feita, proposta pelo senhor primeiro-ministro e a aceitação pelo senhor Presidente da República, meu antecessor, era baseada no reconhecimento da qualidade das pessoas", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, citado pela TSF, numa visita ao Museu da Farmácia, em Lisboa.

"Foi esse o reconhecimento que foi feito, e eu aceito como bom, ao fim desde anos em que pude testemunhar a qualidade das pessoas", acrescentou o presidente da República que só se pronunciou sobre a polémica em torno dos laços familiares no executivo quatro dias depois de quarta remodelação governamental. Em causa está o facto de os ministros do Trabalho e da Presidência serem pai e filha:,José Vieira da Silva e Mariana Vieira da Silva, respetivamente.