Serviços mínimos “novamente incumpridos”. Abastecimento a hospitais está em risco em menos de 24 horas, diz Antram

Antram pede que Governo decrete requisição civil total

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) disse, esta terça-feira, que o abastecimento a hospitais das zonas de Lisboa, Leiria e Coimbra "ficam, nas próximas 24 horas, seriamente comprometidos".

De acordo com um comunicado enviado pelo advogado da associação patronal Antram, André Matias de Almeida, à agência Lusa, os serviços mínimos foram, “novamente incumpridos esta manhã na região centro" e só está garantido o abastecimento a hospitais de Lisboa, Leiria e Coimbra para cerca de mais 24 horas.

"É urgente que o Governo decrete a requisição civil total para quem, insensível sequer ao abastecimento a hospitais, insiste em incumprir os serviços mínimos", acrescenta a mesma nota.

Relativamente aos serviços mínimos que estão a ser cumpridos, o advogado afirma que “as médias dos cálculos feitos nas empresas de matérias perigosas resulta numa velocidade de circulação dos camiões conduzidos por grevistas de 40km/hora", o que é "muito abaixo de qualquer média".

Recorde-se que decorre esta terça-feira o segundo dia da greve dos motoristas, que teve início segunda-feira e que decorrerá por tempo indeterminado.

O Governo decretou ontem a requisição civil  e o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Tiago Antunes, justificou a tomada desta medida pelo facto de os sindicatos não terem assegurado os serviços mínimos.

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