PCP pede votos para o país “não andar para trás”

Jerónimo de Sousa diz que “os riscos existem não apenas com o voto no PSD e no CDS, mas também no PS”

Jerónimo de Sousa deixou este sábado o alerta: "há riscos de se andar para trás " nas próximas eleições legislativas. No almoço-convívio do PCP-CDU em Aljustrel, vila do distrito de Beja, o secretário-geral do Partido Comunista colocou ainda o PS no mesmo saco dos partidos de direita.

"Os riscos de andar para trás existem não apenas com o voto no PSD e no CDS, mas também com o voto no PS. Veja-se como hoje acenam com o espantalho de novas crises para justificar a recusa de medidas para resolver os problemas dos trabalhadores e das populações e como dramatizam o discurso contra o perigo das exigências excessivas que põem em causa a estabilidade", disparou, considerando que "a opção" nas legislativas do próximo dia 6 de outubro "é a de decidir entre avançar no que é preciso fazer pelo desenvolvimento do país e pelos direitos dos trabalhadores e do povo, dando mais força à CDU para afirmar e concretizar uma política alternativa, ou andar para trás, deixando o PS de mãos livres para praticar a velha política, com ou sem PSD e CDS".

Jerónimo lembrou que "muitas das medidas [tomadas na atual legislatura] que os trabalhadores e a maioria dos portugueses reconhecem como positivas têm a marca da iniciativa e do voto dos partidos da CDU", referindo-se ao PCP e ao Partido Ecologista Os Verdes (PEV). "Foram avanços conquistados a pulso: muito do que se conseguiu não estava no programa do PS e, para avançar, foi preciso ultrapassar muitas e fortes resistências", salientou, acrescentando: "Sabemos quanto os grandes interesses apostam na mudança das circunstâncias para voltar ao caminho do costume, com os trabalhadores e o povo a pagarem os desmandos do capital, as suas crises e a sua gula exploradora".

Daí a conclusão apresentada pelo líder máximo do PCP. "Não se duvide que para avançar é preciso dar mais força à CDU, porque só o reforço desta coligação dá sólidas garantias de defesa dos progressos alcançados. Ou a CDU tem força e o país avança ou, não se iludam, o caminho é andar para trás outra vez", sentenciou.