“Se Cristas não vê nenhum problema com a comunidade cigana, não vive no mesmo país que eu”

Assunção Cristas disse que trabalha todos os dias “para que não haja nenhum deputado eleito pelo Chega”. 

“Se Cristas não vê nenhum problema com a comunidade cigana, não vive no mesmo país que eu”

Insistindo na ideia de que “Assunção Cristas tem uma obsessão com o Chega”, André Ventura acusou o CDS de ter “medo do sistema, da esquerda e do politicamente correto” e que, por isso, o “Chega engolirá muito em breve o CDS e toda a direita”. 

Numa nota enviada ao SOL, o cabeça-de-lista por Lisboa do partido fundado este ano vincou que o “CDS está preso ao politicamente correto” e que “prefere falar em racismo, xenofobia e em estereótipos habituais que povoam o discurso da esquerda”. Estas críticas surgem como resposta às declarações prestadas pela dirigente centrista que,  numa entrevista à RTP, afirmou trabalhar “todos os dias” para que o seu partido” tenha “o melhor resultado possível e para que não haja nenhum deputado eleito” do partido de André Ventura no Parlamento. 

O fundador do Chega também apontou o dedo a Cristas por estar a “matar outros projetos políticos” em vez de “apresentar um projeto de Governo para o país” ou de avançar com “propostas para melhorar a vida dos portugueses”. 

O ex-vereador do PSD da Câmara Municipal de Loures argumentou ainda que, na sua opinião, a dirigente centrista “odeia” o Chega “porque, desde Loures em 2017, que a comunidade cigana se tornou uma linha vermelho intransponível” entre ambos. 

“Se Cristas não reconhece que existe um problema em Portugal com a comunidade cigana, não vive no mesmo país que eu”, apontou André Ventura, salientando que “os ciganos (…) vivem maioritariamente de subsídios e não se revêm nas regras do estado de direito”. 

Chega suspende campanha Em “homenagem” e por “respeito” a “mais um polícia brutalmente agredido” em Rio de Mouro, André Ventura decidiu suspender todos os atos de campanha previstos para ontem, em Lisboa e Loures. Ainda num comunicado enviado ao i, o dirigente considerou que “esta é a única forma de chamar atenção do país” para o “vergonhoso tratamento que é dado às forças da ordem em Portugal”. André Ventura deixou ainda críticas ao Governo por nem “sequer ter a preocupação” de “compreender o fenómeno”.