O CDS contesta a atribuição de lugares na Assembleia da República, proposta pelo Presidente da Assembleia da República e definida na Conferência de Líderes.
Os centristas não querem que o único deputado eleito do Chega atravesse a sua bancada, defendendo que não há nenhum grupo parlamentar que vá ter um deputado de uma força política diferente no meio dos seus deputados.
A solução pode passar pela abertura de uma porta para André Ventura. De acordo com a súmula da última conferência de líderes parlamentares, a que o Jornal de Notícias teve acesso, o deputado do centrista Telmo Correia, queixou-se do facto de a nova distribuição de lugares colocar o Chega no meio do CDS.
Telmo Correia sugeriu que André Ventura fique antes na terceira fila, lembrando, no entanto, que no acesso à sala, devido à existência de um corrimão, o único deputado tem de pedir passagem aos centristas.
A alegação do CDS, que passou de 19 para cinco deputados na AR, reúne o acordo dos outros partidos, tendo aliás sido o PEV – com o apoio do PCP – a sugerir a abertura de uma porta junto ao corrimão onde se senta o Chega, adiantou o mesmo jornal.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, admitiu a possibilidade de criar a porta especial para Ventura, mas tal obra já não vai a tempo do arranque dos trabalhos.
Os comunistas também reclamaram da distribuição de lugares, chamado a atenção para uma espécie de enclave do PS na sua bancada, sendo que aqui a solução foi mais fácil, tendo os socialistas aceitado trocar de lugar.
Pelo contrário, o pedido do Iniciativa Liberal continua mais difícil de atender, João Cotrim de Figueiredo quer sentar-se o mais ao centro possível, ou seja entre o PS e o PSD, mas este último partido só está disponível para ‘dar’ a cadeira mais à direita, encostada ao CDS.