Os bons e os maus da fita

Mesmo que não do ponto de vista de saúde pública – e esperemos que não se confirme uma segunda vaga pior do que a primeira e que o Serviço Nacional de Saúde continue a responder sem pressão de maior –, já não nos livramos de uma recessão económica profunda, como preveem todos os especialistas.

António Costa tomou conta do palco político e mediático e está como peixe na água. Ninguém pode tirar-lhe o mérito. Indiscutivelmente, até ver, a resposta à pandemia foi exemplar em matéria sanitária.

Respondeu bem o Serviço Nacional de Saúde, responderam bem as autoridades de Saúde, o povo cumpriu e o país não entrou em descontrolo. O Governo e seu líder só podem estar de parabéns.

E basta olhar para as sondagens (como a desta edição do SOL – págs. 24 e 25) para se perceber o grau de aprovação da atuação do primeiro-ministro no combate à pandemia.

É certo que o pior ainda está para vir.

Mesmo que não do ponto de vista de saúde pública – e esperemos que não se confirme uma segunda vaga pior do que a primeira e que o Serviço Nacional de Saúde continue a responder sem pressão de maior –, já não nos livramos de uma recessão económica profunda, como preveem todos os especialistas.

Pudera! Então se a economia nacional e internacional pura e simplesmente pararam, outra coisa não se pode esperar.

Pararam já faz mais de um mês e, apesar do fim do estado de emergência e do levantamento ainda que envergonhado do confinamento, está a custar a arrancar.

Há ainda, é evidente, muito medo. E muita desorganização. E muitas dúvidas.

A começar pelo próprio Governo.

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