Rio questiona quanto tempo será necessário para se conhecer a decisão sobre “o maior crime financeiro” da História portuguesa

“BES: Em linha com o habitual nível de eficácia, só a acusação demorou seis anos”, critica o líder dos sociais-democratas.

Rio questiona quanto tempo será necessário para se conhecer a decisão sobre “o maior crime financeiro” da História portuguesa

O presidente do PSD criticou, esta quarta-feira, os prazos da justiça no caso BES. A partir de uma publicação partilhada no Twitter, Rui Rio questionou "quantos mais anos" serão necessários até uma decisão ser tomada neste caso, que classifica como o "maior crime financeiro" da história portuguesa.

"BES: Em linha com o habitual nível de eficácia, só a acusação demorou seis anos. Agora, o caso passa para os tribunais. De incidente em incidente e de recurso em recurso, quantos anos mais teremos de esperar para ser feita justiça no maior crime financeiro da nossa História?", escreve o líder dos sociais-democratas.

A publicação é partilhada no dia seguinte ao Ministério Público ter acusado 18 pessoas e sete empresas por crimes económico-financeiros e algumas por associações criminosa, no processo Banco Espírito Santo/Universo Espírito Santo, em que a figura central é o ex-banqueiro Ricardo Salgado.

O ex-presidente do BES é acusado de 65 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal, no processo BES/GES. Para além de Ricardo Salgado são, entre outros, também arguidos neste processo Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida, antigos administradores do BES.

Em causa nesta investigação, do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), "está um valor superior a onze mil e oitocentos milhões de euros", em consequência dos crimes imputados, e prejuízos causados.

Segundo adianta uma nota da Procuradoria Geral da República (PGR), foi deduzida acusação por associação criminosa e por corrupção ativa e passiva no setor privado, de falsificação de documentos, de infidelidade, de manipulação de mercado, de branqueamento e de burla qualificada contra direitos patrimoniais de pessoas singulares e coletivas.