Incêndio em Santo Tirso. PAN acusa autoridades de “negligência enorme”

André Silva sublinhou que “centenas de pessoas” quiseram entrar no local, de forma a salvar os animais que se encontravam no interior”, e que foi “precisamente por ação última da Guarda Nacional Republicana que não se pôde entrar dentro daquele espaço para resgatar e salvar os animais”

O porta-voz do PAN acusou, esta segunda-feira, a Câmara Municipal, o veterinário municipal e a GNR de Santo Tirso de "negligência enorme" no incêndio no canil de Santo Tirso.

“Houve aqui, de facto, uma negligência enorme, diria até um dolo por parte das autoridades, que permitiram que estes animais fossem queimados vivos e que não foram resgatados, nem pelas autoridades nem pelos populares”, disse em declarações aos jornalistas.

O líder do partido sublinhou que "centenas de pessoas" quiseram entrar no local, de forma a salvar os animais que se encontravam no interior", e que foi "precisamente por ação última da Guarda Nacional Republicana que não se pôde entrar dentro daquele espaço para resgatar e salvar os animais”. André Silva afirmou ainda que também o presidente da câmara, o socialista Alberto Costa, deverá esclarecer por que razão o local não foi fiscalizado, "ou se foi fiscalizado porque é que continuava aberto, porque é que mantinha relações institucionais com as detentoras do abrigo”.

“Aqui não há qualquer aproveitamento político, o que queremos saber é se vai existir ou não responsabilidade política e criminal destas entidades, que foram completamente omissivas relativamente à vida de centenas de animais”, salientou André Silva.

O incêndio em questão atingiu dois canis na freguesia de Agrela, em Santo Tirso. 54 animais morreram e 190 foram recolhidos com vida. Segundo a autarquia, 113 animais foram realojados em canis municipais e associações e 77 foram recolhidos por habitantes.