A família está em coma profundo

É a família. Única e insubstituível, célula vital para o pleno desenvolvimento do indivíduo enquanto ser social e político.

A primeira vaga da pandemia do novo coronavírus e o confinamento forçado demonstraram a importância da família como núcleo central e fundamental da sociedade.

Não é o Estado, não são as empresas, não são as instituições privadas de solidariedade social, os lares ou centros de dia ou de noite, nem as igrejas ou as organizações não governamentais… e também não são as redes sociais ou grupos de amigos ou de colegas ou as tribos.

É a família. Única e insubstituível, célula vital para o pleno desenvolvimento do indivíduo enquanto ser social e político.

As estatísticas divulgadas nos últimos dias, quer com base em estudos da Pordata quer tomando por referência o Programa Nacional de Diagnóstico Precoce coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge, são, porém, avassaladoras.
Portugal, além de ser um país com um gravíssimo problema de envelhecimento, mudou de paradigma.

A família tradicional, ou convencional, deixou de ser a norma e já nada tem a ver com o novo conceito vigente e com as novas formas de vivência da sociedade moderna.

Olhemos para os números. 

Portugal tem hoje mais de 900 mil cidadãos a viver sozinhos – em agregados domésticos de uma só pessoa –, na sua grande maioria viúvas com mais de 65 anos de idade.

Em 10 anos (2009-2019), o número de idosos (cidadãos com mais de 65 anos) aumentou 18% (mais 350 mil), os jovens até aos 15 anos caíram 14% (menos 222 mil) e a perda de população entre os 25 e os 39 anos (sobretudo por via da emigração) cifra-se na ordem dos 25% (ou seja, menos 530 mil).

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