João Ferreira: O candidato “da juventude, dos trabalhadores e do povo”

João Ferreira diz que a sua candidatura a Belém “é e será um espaço de luta comum”.

João Ferreira apresentou, esta quarta-feira, a sua candidatura à Presidência da República e disse que esta “é e será um espaço de luta comum: da juventude, dos trabalhadores e do povo". 

“A candidatura que assumo e que agora aqui apresento, a Presidente da República é e será um espaço de luta comum: da juventude, dos trabalhadores e do povo. É minha e é vossa. É nossa. Assumo-a com honra, com determinação, com a consciência da responsabilidade e do dever”, disse o candidato à presidência, apoiado pelo PCP, destacando que se “dirige a todos e a cada um independentemente das escolhas eleitorais que fizeram no passado”.

"Aos que vivem do seu trabalho e que sentem que com o seu empenhado esforço poderiam viver melhor se fosse outra, mais justa, a repartição da riqueza que criam. Às mulheres, penalizadas por múltiplas desigualdades, discriminações e violências, no trabalho, na família e na sociedade. Aos jovens que não abdicam do direito a serem felizes, aos reformados e idosos que aspiram a uma vivência gratificante no plano pessoal e social, depois de uma vida de trabalho", enumerou o candidato. "Esta candidatura apela à força que há em todos, em cada um de nós. Assumam-na como vossa", acrescentou.

No seu discurso, João Ferreira criticou ainda algumas medidas tomadas em Portugal no combate à covid-19. “Em Portugal e no mundo, vivemos um tempo invulgar, complexo e exigente. A irrupção da Covid-19, além de nos confrontar com questões novas, agravou consideravelmente velhos problemas”, disse, referindo que “o medo é exacerbado e manipulado para restringir direitos e liberdades”, tal como aconteceu com a declaração do estado de emergência.

O candidato às presidências condenou também o “racismo, xenofobia, extrema-direita e fascismo”, destacando que este “são normalizados e mesmo abertamente promovidos, a partir de alguns dos principais centros de poder económico e seus prolongamentos políticos e mediáticos”.

Para João Ferreira, Portugal "carrega sérios problemas estruturais" que são "consequência de décadas de política de Direita, que a situação atual expõe com grande nitidez".

Desta forma, o projeto que agora apresenta pretende “defender, aprofundar e ampliar o regime democrático consagrado na Constituição”.