Rui Rio traz o ‘fantasma’ de Sócrates para discussão no Parlamento

Líder da oposição fez um paralelismo entre o atual Governo e o Executivo de José Sócrates, sobre o tema do aumento do salário mínimo, contra o qual se manifestou, alegando o contexto de pandemia e a subida do desemprego.

Rui Rio traz o ‘fantasma’ de Sócrates para discussão no Parlamento

Rui Rio disse, esta quarta-feira, no regresso do Parlamento depois das férias, não perceber a subida do salário mínimo, comparando o atual Executivo com o de José Sócrates. “Faz-me lembrar quando o Governo de José Sócrates aumentou os salários sem ter condições para o fazer e a seguir cortou os salários”, sublinhou na sua intervenção durante o debate sobre o plano de recuperação.

O presidente do PSD lembrou que sempre foi a favor do aumento do salário mínimo nacional, mas não neste momento em que a inflação é nula, o desemprego está a subir e o país a passar por uma “grande incerteza sanitária”.

Rio disse que “são as empresas que criam emprego e que transformam a competitividade global da economia portuguesa” e, por isso, lança as seguintes perguntas ao primeiro-ministro, António Costa: “acha sensato agravar os custos das empresas dessa maneira”, quer fomentar o desemprego? Aumentar as falências?”.

Antes, na abertura do debate temático sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), António Costa tinha deixado claro que queria que Portugal saísse da pandemia “mais forte” a nível de salários, do tecido produtivo e dos serviços público e, por isso, apelava a que os partidos, parceiros sociais e autarquias contribuíssem para superar a crise.

"A recuperação tem de nos permitir acelerar o futuro. Temos de sair desta crise mais fortes, com serviços públicos mais eficientes, empresas mais capitalizadas e produtivas, com emprego mais qualificado e com melhores salários", disse o primeiro-ministro, sublinhando ainda que Portugal está a passar por um “triplo desafio”: controlar a pandemia, recuperar da crise e garantir que se constrói um futuro “mais coeso e sustentável”.