Uma das ações que Ana Gomes garantiu cumprir, caso viesse a ser eleita Presidente da República, seria avançar com o pedido de “reapreciação da legalização” do partido Chega. Esse momento chegou e já foi entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR).
No pedido enviado à PGR, a candidata que ficou em segundo lugar nas presidenciais de 2021, à frente do líder do Chega, indicou várias citações que André Ventura proferiu para legitimar a reavaliação.
“O Tribunal Constitucional [TC] e o Ministério Público [MP] não podem continuar a eximir-se à responsabilidade que lhe está cometida”, assinala a ex-eurodeputada no pedido, citado pelo Diário de Notícias, esta quarta-feira, ao exigir à PGR que “instrua o MP [Ministério Público] a desencadear um processo de reapreciação da legalidade do Partido Chega pelo TC e de consideração da eventual extinção judicial desse partido“.
Além das afirmações dos vários dirigentes do partido, Ana Gomes pede que se averigue a origem do financiamento do Chega e “as agressões, ameaças e incitamentos à violência que o referido partido, seus dirigentes e diversos militantes vêm desencadeando contra jornalistas e ativistas políticos, incluindo a signatária”.
Ana Gomes confessa que irá reportar às entidades internacionais desde pedido como a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia, o Conselho da Europa, a ONU, a Europol e o Eurojust.