Presidente da Câmara de Odemira pediu o levantamento da cerca sanitária, mas Governo não acedeu ao pedido

José Alberto Guerreiro referiu, no documento, que o número de casos ativos no concelho diminuiu quase metade em relação ao momento em que foi tomada a decisão da cerca sanitária.

O presidente da Câmara de Odemira afirmou, esta quinta-feira, aos jornalistas, que pediu a António Costa o levantamento da cerca sanitária nas duas freguesias de São Teotónio e Longueira, por se conferir uma diminuição clara de casos ativos de covid-19. Porém, o pedido de José Alberto Guerreiro não foi concretizado, visto que o Governo decidiu manter a cerca sanitária, esta quinta-feira.

O documento foi enviado na quarta-feira, segundo o autarca, ao Governo, no qual foi apontado três pontos essenciais: a descida bastante acentuada de casos ativos de covid-19, a diminuição de contágios nas freguesias abrangidas pela cerca sanitária, e as dificuldades e o tormento das populações locais na gestão da vida privada e das atividades económicas.

José Alberto Guerreiro referiu que o número de casos ativos no concelho diminuiu quase metade em relação ao momento em que foi tomada a decisão da cerca.

São Teotónio está agora nos 819 casos por 100 mil habitantes (contra os 1.900 casos) e Longueira-Almograve está abaixo dos 120 casos/100 mil habitantes, enquanto antes tinha 510.

Contudo, após o Conselho de Ministros desta quinta-feira, a ministra do Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, revelou que o Executivo decidiu manter as cercas sanitárias. 

De realçar que José Alberto Guerreiro também adiantou que vai fazer chegar ao Governo uma reivindicação para que se inicie de imediato a vacinação de todas as pessoas com mais de 50 anos.

"É urgente o processo de proteção das pessoas em Odemira, porque há vacinas disponíveis e capacidade para se proceder à vacinação", alegou, ao indicar que, nos últimos 14 dias, foram realizados mais de dois mil testes no concelho de Odemira, tendo a vacinação de pessoas com mais de 60 anos concluída.