Proibido entrar e sair da Área Metropolitana de Lisboa ao fim de semana

Há dez concelhos que não avançam no plano de desconfinamento: Albufeira, Arruda dos Vinhos, Braga, Cascais, Lisboa, Loulé, Odemira, Sertã, Sintra e Sesimbra.

A proibição de circulação entre concelhos na Área Metropolitana de Lisboa vai ser retomada durante o fim de semana, anunciou a ministra Mariana Vieira da Silva.

A medida entra em vigor a partir das 15h de sexta-feira e prolonga-se até às 6h de segunda-feira. A medida é imposta para "não alargar situação" que se vive na Grande Lisboa e travar assim o aumento dos casos de covid-19 na região. e a ministra prometeu uma maior fiscalização nas estradas.

A maior incidência de contágios na área da Grande Lisboa foi justificada pela governante com a prevalência da variante Delta, que sublinhou assim a importância do regresso da proibição de entrada e saída dos concelhos da região da capital.

A ministra da Presidência anunciou também que quatro concelhos avançam no desconfinamento, Alcanena, Paredes de Coura, Santarém e Vale de Cambra.

Por outro lado há dez concelhos que não avançam: Albufeira, Arruda dos Vinhos, Braga, Cascais, Lisboa, Loulé, Odemira, Sertã, Sintra e Sesimbra.

Em situação de alerta estão vinte municípios: Alcochete, Águeda, Almada, Amadora, Barreiro, Grândola, Lagos, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira.

A governante revelou ainda que o país já não se encontra na zona verde da matriz de risco. E que, por isso, as condições atuais não permitem um avanço no plano de reabertura, como estava previsto e anunciado.

"Quando o primeiro-ministro apresentou esta segunda fase de desconfinamento, apresentou-a como um quadro que manteria as mesmas regras até agora. É muito simples olhar para a matriz de risco e verificar que Portugal já não está na zona verde, o que significa que já não temos condições para avançar. Cada concelho tem um conjunto de regras diferenciado", afirmou Mariana Vieira da Silva.

Em relação à restrições de circulação na AML, a ministra reconheceu que "não é uma medida de controlo da pandemia, porque não é isto que vai fazer com que os números baixem”, é antes “uma tentativa de que os casos não alastrem no território".

Questionada sobre a decisão de proibir circulação fora do âmbito de Estado de Emergência, a governante sublinhou que até já se insituiram cercas sanitárias em contexto igual ao atual.

"Ao fim de 15 de meses de pandemia, não faz sentido questionar a nossa capacidade de tomar medidas. É difícil prever o tempo que elas possam durar. Em função da informação sobre as variantes poderemos voltar a olhar para a medida que aqui tomamos. Procuramos garantir que o país não acompanha o ritmo de crescimento que a AML está a ter. É evidente que estas medidas prejudicam a vida de todos nós, mas consideramos que são necessárias", respondeu.