Este é um Orçamento que surge “num contexto exigente”, diz Medina

“Estamos num cenário em que a inflação é significativamente superior àquilo que foi registado em décadas passadas e Portugal ainda tem uma dívida pública mais elevada do que aquilo que gostaríamos para fazer face a estes desafios”, afirmou o ministro. Conheça todas as medidas da proposta do Governo.

Este é um Orçamento que surge "num contexto exigente" e que "procura responder à conjuntura, desafios estruturais do país e assegurar a continuidade de uma política de contas certas". A garantia foi dada pelo ministro das Finanças, durante a apresentação do Orçamento do Estado para 2022.

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"Estamos num cenário em que a inflação é significativamente superior àquilo que foi registado em décadas passadas e Portugal ainda tem uma dívida pública mais elevada do que aquilo que gostaríamos para fazer face a estes desafios", disse Fernando Medina.

Também o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi revisto em 0,1 pontos percentuais para 4,9% face ao Programa de Estabilidade (PE). O valor fica ainda mais aquém dos 5,5% que estavam previstos na proposta do OE 2022 chumbada em outubro, depois de os partidos de esquerda terem chumbado o documento, o que levou a eleições antecipadas, em janeiro.

Já taxa da inflação deverá aumentar para 4% este ano, uma revisão em alta face aos 3,3% previstos no Programa de Estabilidade.

Medina argumenta que a "inflação é sobretudo de natureza conjuntural" e "marcadamente definida pelo aumento dos preços dos produtos energéticos e alimentares".

"A consideração que BCE e BdP fazem, neste momento – e sublinho – apontam para inflação mais alta em 2022 e a recuperar para valores históricos bastante inferiores em 2023 e 2024", indica.

De acordo com o governante, o Conselho das Finanças Públicas já validou o cenário macroeconómico contemplado na nova proposta de Orçamento do Estado. Destaca que as "opções políticas" devem sempre basear-se "na melhor informação que existe em cada momento".

O ministro das Finanças deixou ainda uma palavra à elevada taxa de vacinação da população ao defender que o país está acima da média e aponta que o país está a registar melhorias ao nível da atividade económica. Fala, de seguida, num "ano robusto" para o turismo e antecipa que o turismo recupere já este verão para níveis de 2019, antes da pandemia.