MP abre inquérito à compra de aviões por anteriores administrações da TAP

Em declarações à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que “a participação apresentada pelo, à data, ministro das Infraestruturas e Habitação (Pedro Nuno Santos) e pelo ministro das Finanças (Fernando Medina) deu origem a um inquérito no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)”. 

O Ministério Público (MP) abriu um inquérito ao caso da compra de aviões da TAP pelas anteriores administrações da empresa. 

Em declarações à agência Lusa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou que "a participação apresentada pelo, à data, ministro das Infraestruturas e Habitação (Pedro Nuno Santos) e pelo ministro das Finanças (Fernando Medina) deu origem a um inquérito no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP)". 

A PGR não adiantou se o inquérito tem suspeitos ou arguidos, dizendo apenas que se "encontra em investigação e sujeito a segredo de justiça". 

Recorde-se que o ministro das Infraestruturas da altura disse, em outubro do ano passado, que a administração da TAP pediu uma auditoria por suspeitar estar a pagar um valor que não devia pelos aviões do que os concorrentes e que o Governo encaminhou as conclusões para o Ministério Público. 

"A administração [da TAP], a determinada altura, suspeitou que nós estaríamos a pagar pelos aviões que estamos a pagar, mais do que os concorrentes pagavam. […] A administração pediu a auditoria, essa auditoria foi concluída, entregue ao Governo e nós, perante dúvidas perante as conclusões daquela auditoria, encaminhámos a auditoria para o Ministério Público", disse, na altura, Pedro Nuno Santos, em audição na Assembleia da República.