No ano passado, Novembro brindou-nos com uma fecunda carga de água logo nos primeiros dias. Como eu já tenho saudades de ver cair tanta água em tão pouco tempo!
O s primeiros jornais online daquela segunda-feira noticiavam, em última hora, o tiroteio que teve lugar perto de uma escola judaica em Toulouse.
Há uns anos, Sara teve a sua mais forte experiência de contacto directo com o Mal.
Foi no final de Dezembro do ano passado. Na nossa freguesia, que é uma espécie de aldeia urbana, os habitantes permanentes (quase todos idosos e de baixos recursos financeiros) e os habitantes temporários (todos jovens, a frequentar a Faculdade de Motricidade Humana) despertaram para um pesadelo em estado de vigília.
Era uma vez uma quinta, igual em quase tudo às outras quintas da vizinhança.
O Vaticano é um Estado, pequenino, mas um Estado. Daí o facto de, em tempo de austeridade e de crise, o ministro dos Negócios Estrangeiros português se ter deslocado a Roma para assistir à elevação aos estatuto cardinalício de D. Manuel Monteiro de Castro.
Em sessenta e oito do século passado, o Prof. Manuel Antunes, padre jesuíta, sábio e santo, interpelou dois jovens estudantes, vivos e identificáveis, que faziam o seu primeiro piquete de greve:
Houve tempo em que ela – chamemos-lhe Zulmira – me fascinou. Não a achava bonita, nem simpática, nem empática, mas era completamente urbana.
Quando o Fred era pequeno, um dos seus amigos interpelou-o, dizendo: «Oh pá, vens para cá brincar comigo ou conversar com os meus pais?».
Foi há mais ou menos vinte anos. Por motivos familiares passei grande parte da noite na sala de espera da urgência do Hospital de São Francisco Xavier.
No tempo em que o homem foi jovem, o serviço militar era obrigatório.
A mãe sente já os efeitos da crise no dia-a-dia em que tem de gerir um orçamento familiar dessa classe média atacada por doença incurável.
«O PÃO, a paz, saúde, habitação…» cantavam as Vozes na Luta no tempo em que, em Portugal, a cantiga era uma arma.
A BIÁ fazia sopa de grão com beldroegas. Cheirava deliciosamente – e, não fossem as recomendações da filha para que não lhe deitasse um pouco de tudo o que havia no frigorífico, aquela seria uma sopa/prato principal como se comia no Alentejo pobre dos anos 40.
Amanhã é Natal. Este será o 13.º ano que a família do Rui Pedro passará esta data com a angústia da sua ausência. Angústia que será eventualmente ainda maior por não terem tido o direito de fazer o seu luto, se for caso disso.
Estava nevoeiro em Lisboa, cerrado e frio. Numa rotunda mal pronta, onde sinais de perigo alertam os automobilistas para uma tampa de esgoto que foi levantada nas últimas chuvas e que a crise ainda não permitiu arranjar, um pan card com um presépio pintado diz assim; «Nós estamos cá para vos acolher».
A minha rua, que é a continuação da minha casa, só tem neste Natal um tronco de árvore iluminado.
Li com atenção o esclarecimento feito, ao abrigo do n.º 24 da lei de Imprensa, pelo Ministério da Segurança Social.