Na sua 37.ª edição, o Prémio Pessoa quis celebrar o ecumenismo diluente de uma figura que tem produzido uma marca de espiritualidade consoladora que esvazia a fé de toda a exigência transformadora e a cultura das suas tensões mais vigorosas.
1941-2023 – Os escândalos da vida pessoal acabaram por eclipsar a promessa do protagonista de Love Story
1968-2023 Apresentador sofreu ataque cardíaco e morreu aos 54 anos
Plenamente integrados no regime mediático, os humoristas portugueses operam como a sua guarda pretoriana, gozando de todos os privilégios e da aclamação nesse edifício inexpugnável. Exercem a sátira com bonomia e moderação no horário nobre, para encherem os bolsos durante os intervalos publicitários.
1933-2023 Escritor e embaixador da Grécia na UNESCO
O poeta norte-americano Max Ritvo morreu aos 25 anos de uma forma rara de cancro ósseo que lhe fora diagnosticado uma década antes. Agarrou-se à poesia, aos amigos, aos professores, e também às memórias e ao passado, deixando um testamento tenaz e sumptuoso, celebrando o tempo que lhe foi dado, entretecendo um eco vivo.
Deixada ao cuidado de uma ama aos quatro anos, cresceu no meio de brancos, em Almada, e em criança chegou a encher uma banheira de lixívia depois de lhe ser sugerido que assim teria uma pele igual aos demais.
No centenário de Eduardo Lourenço, e à beira do meio século do 25 de Abril, fomos buscar as palavras do ensaísta para fazer uma análise da crise política.
Dez anos depois da sua última exposição individual em Lisboa, no Palácio Nacional da Ajuda, é a vez do MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia e da Central Tejo, onde tudo começou.
Com a falta de fantasia e a exaustão moral depois da derrocada das utopias no século passado, hoje a fé que resta entre um número crescente de pessoas numa hipótese de salvação face à série de colapsos que se anunciam parece residir nas novas tecnologias.
Morreu esta quinta-feira, aos 77 anos, o poeta e ensaísta que elaborou o mais veemente e exaltante plano de acção no espaço da poesia contemporânea no sentido de reparar os danos a que foi sujeito o pacto da linguagem na sua capacidade de nos devolver a um sentido de invenção e descoberta do mundo.
Depois de uma década sem publicar, Paulo Teixeira parecia ter-se remetido ao silêncio. E se a sua postura foi sempre imensamente discreta, também é certo que não se podia passar ao lado do seu percurso na hora de fazer um balanço sobre a poesia contemporânea portuguesa.
Harjo foi a primeira nativo-americana distinguida como poeta laureada dos EUA, tendo servido três mandatos, e embora a sua poesia tenha recaído num certo panfletarismo idealista, em tempos a sua proposta foi tão ousada quanto indigesta, nadando para trás no tempo, convocando fantasmas, apurando ecos que chegam até ao osso
1940-2023. O durão com acesso a uma ‘biblioteca de emoções’
1931-2023 Escolheu viver uma vida modesta
Morreu, aos 91 anos, o astrofísico franco-canadiano que abriu caminho para que o género da divulgação científica viesse a dominar as listas dos livros mais vendidos um pouco por todo o mundo.
A poeta norte-americana, galardoada com o Nobel em 2020, morreu de cancro aos 80 anos, deixando uma obra que podia ser desapiedada e cruel, mas capaz também de transformar o pensamento em prece, e de louvar a existência sem a reduzir às mais banais aspirações de conforto e optimismo
Presidido por Abel Barros Baptista, o júri do Prémio Camões soube reconhecer a relevância de um dos últimos desses atores discretos que devotaram a sua vida a engendrar o próprio contexto cultural de forma a impor a chama quando tudo à volta são cinzas.