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José António Saraiva


  • A Europa e a guerra

    Há males que vêm por bem. Paradoxalmente, pode acontecer que a malfadada guerra na Ucrânia constitua o choque que leve a Europa a acordar de uma longa letargia e a reerguer-se das cinzas.


  • O discurso de ódio

    Qualquer dia, dizer que um homem é um homem e uma mulher é uma mulher é discurso de ódio – pois está a sugerir-se uma discriminação por questões de sexo. Estamos no reino do absurdo.


  • A caminho de novo resgate

    Por muito que a economia crescesse – e não vai crescer assim tanto – nunca compensaria o desvario a que estamos a assistir, com o aumento exponencial das despesas e uma redução simultânea das receitas. É esta a rota certa para o descalabro.


  • O inexplicável ‘orgulho gay’

    Se achei os ataques aos homossexuais lamentáveis, hoje acho este mês do ‘orgulho gay’ inexplicável. Há o Dia da Mãe, o Dia do Pai, o Dia de Portugal, etc. Poderia, no limite, haver o Dia dos Gays. Mas por que carga de água a comunidade gay tem direito, não a um dia, mas a 30?


  • É para isto que lhes pagamos?

    O mais irónico é que André Ventura até estava a fazer um elogio aos turcos. Quem transformou aquilo numa peixeirada é que deve ser responsabilizado pelo circo em que se transformou a Assembleia da República.


  • O adepto errante, parte 2

    Aplaudo as vitórias de Rúben Amorim no Sporting, como tinha aplaudido as de Jorge Jesus no Benfica. Ambos passaram pelo Belenenses, o clube que o meu avô materno fundou, e isso para mim foi decisivo. Mas tanto um como outro mostraram qualidades raras, que os tornaram admirados mesmo pelos adeptos de outros clubes.


  • Mudar o sistema, salvar a democracia

    O Governo não tem condições para governar. E se houver eleições, e o PS for o partido mais votado, a situação será semelhante à que se vive hoje – pois o PSD e o Chega farão uma coligação negativa.


  • Gato escondido…

    A intenção do Manifesto sobre a Justiça, assinado por 50 ‘personalidades’ respeitáveis, é claro: colocar a Justiça na dependência do poder político, em claríssima violação da separação de poderes.


  • O país está ingovernável

    O que mudou tudo em Portugal foi o nascimento e o grande crescimento de um partido chamado Chega. Isto é que alterou substancialmente os dados da política portuguesa. E o sistema vai ter de mudar.


  • A pata na poça

    O que diria agora o comentador Marcelo Rebelo de Sousa ao Presidente Marcelo? Fará algum sentido reabrir entre Portugal e as ex-colónias uma ferida que estava cicatrizada?


  • Justificar o 25 de Abril

    Comparar o que Portugal era há 50 anos com o que é hoje, para a partir daí mostrar as virtudes do 25 de Abril, só pode resultar de uma de duas coisas: ou estupidez ou desonestidade intelectual.


  • O Abril em Portugal

    Em junho de 1974 fui à redação do Diário de Lisboa com um texto para publicar chamado A extrema-esquerda e a Terceira República. Falei com o Fernando Dacosta, jornalista de quem era amigo, ele recebeu-me numa salinha de espera pequena, leu o texto, e disse-me: « Zé António, o ambiente aqui na redação está muito…


  • Afonso Costa e o 25 de Abril

    No 25 de Abril não esteve envolvida nenhuma figura do calibre de Afonso Costa. Mas quantas esperanças de muita gente que há 50 anos saiu à rua vitoriando a revolução não acabaram em dolorosas deceções?


  • A fada do lar

    Vivemos numa época cheia de certezas e de verdades feitas, em que as pessoas pensam pouco, ouvem ‘umas coisas’ e repetem clichés. Muitas feministas que debitam banalidades sobre a ‘felicidade das mulheres’ nunca souberam o que era um trabalho duro fora de casa.


  • O exemplo de 1985

    As eleições de 1985 tiveram resultados muito semelhantes às de 10 de Março. E Cavaco Silva cortou a direito, avançou com as medidas que ele achava necessárias, não se preocupou muito com táticas, revelou determinação e coragem. Pouco mais de um ano depois, ganhava com mais de 50%.


  • Onde mora o nacionalismo?

    A polémica sobre o logótipo tem que ver com a esfera armilar, uma alusão aos Descobrimentos, de que alguma esquerda se envergonha. Mas não são eles, inquestionavelmente, a grande referência dos portugueses a nível planetário?


  • O fantasma do pântano

    Com acordos entre o PSD e o PS, todas as reformas ficam comprometidas. A mudança sonhada é adiada sine die. Ora, pergunto: foi nisto que a maioria dos eleitores votou?


  • O 25 de Abril para as crianças

    Desejaria que um livro sobre o 25 de Abril contado aos mais pequenos corresse tão bem como uma iniciativa em que participei. Mas temo que tal não aconteça. Todas as tentativas que tenho visto nesse sentido são de uma pobreza confrangedora: primárias, enganadoras e maniqueístas.


  • Que fará André Ventura?

    A confusão criada pelo partido ADN teve uma influência determinante no equilíbrio político. Roubando 3 deputados à AD, pôs a esquerda em maioria no Parlamento – tornando o Governo refém do partido de André Ventura.