O PS poderia ter tido José Luís Carneiro; o PSD teve Rui Rio. Ambos apontaram para este caminho que parece agora inevitável.
Não é preciso muito para chegar a uma conclusão óbvia: a escola pública está pior. Muito pior. Deixou de ser garantia para o elevador social, se é que, alguma vez foi.
Até hoje, estou convencido de que o populismo é um elemento positivo que pretende reformar os sistemas políticos por dentro. Em sentido inverso, estou convencido de que a demagogia é o instrumento político mais corrosivo das democracias.
A União Europeia tornou-se um império de burocracia com capital em Bruxelas.
É curioso porque foi com a eleição de Ferro Rodrigues em detrimento de Fernando Negrão que se formalizaria a Gerigonça e o PS juntar-se-ia a dois partidos comunistas.
A direita democrática portuguesa poderá ter em 2024 a sua maior vitória na Democracia, mas a direita tradicional portuguesa somada poderá ter o seu pior resultado de sempre ou pelo menos, estar muito próxima disso.
Esta eleição é sobre corrupção. É tudo sobre aquilo que conduziu o país a uma ida antecipada às urnas. Não foi o populismo que trouxe uma vergonha enorme a todos os portugueses, foram as suspeitas de corrupção.
Ninguém conhece uma reforma estrutural dos seus três governos, mas para a História ficou a habilidade aritmética de conseguir unir a Esquerda e de praticamente “mexicanizar” o regime.
A política de portas abertas europeia, que originou um processo de islamização na Europa abriu espaço para partidos islâmicos que têm formas muito diferentes de ver o Mundo e o Homem.
Têm sido incompreensíveis as posições que o PSD tem vindo a tomar ao longo dos últimos anos, mas estes últimos dias foram particularmente trágicos.
O apelo à construção de uma nação para todos os portugueses é algo que deveria estar na mente de todos os líderes políticos. Um país para os jovens, trabalhadores e pensionistas.
A vinda do Santo Padre a Portugal, torna-se um acontecimento relevante para o Estado, porque a autoridade do Estado é dada pelo povo e o povo português é cristão.
O PSD pode olhar para Espanha e perceber que não pode contar com o PS para nada, mas tem de interiorizar que nunca mais irá ter uma maioria parlamentar sozinho. Hostilizar o CHEGA, ou recorrer ao desespero do voto útil não é suficiente para vencer eleições e poder governar. Se não perceber, passará à irrelevância…
Sendo um partido altamente ideológico, tem sempre o problema de ser absolutamente inflexível. Como tal, pela sua inflexibilidade e mundividência torna-se muito difícil contar com a IL quer à esquerda ou à direita. É legítimo perguntar: para que serve a IL?
Compreender esta noção de identidade europeia que une os povos e nações, com o atual contexto social, económico e político europeu, leva-nos a crer que existe uma diferença substancial entre a Europa de Jerusalém, Atenas e Roma com a Europa de Bruxelas e Estrasburgo.
Será que o PSD desistiu de lutar por uma igualdade de planos entre a esquerda e a direita no regime?
Uma coisa é a crise dos partidos tradicionais que dá origem ao surgimento de novos partidos e de uma certa competitividade no sistema político. Outra, será uma crise das instituições que são o pilar do estado democrático.
Um milhão de portugueses saíram de Portugal nos últimos 10 anos, a classe média praticamente deixou de existir, os números da pobreza dispararam, as taxas de abstenção nunca estiveram tão altas e a corrupção minou a confiança nas instituições.
Se a agenda da destruição da Família, da Educação, do respeito pela Vida Humana e da Nação, tem tanto terreno fértil no liberalismo como no marxismo, ou seja, na Esquerda e em parte significativa da Direita, então, o movimento conservador terá um problema complexo para resolver no futuro.