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Luís Filipe Borges


  • Tudo tem um fim, excepto a salsicha, que tem dois

    Somos um país de colunistas, uns – poucos – mais livres do que outros. E não uma pátria de cronistas, como por exemplo o Brasil. Ao longo de mais de 300 páginas, tive o privilégio de esforçar-me por honrar o género crónica naquela que foi até hoje a minha mais longa colaboração profissional.


  • Da Escócia, com humor

    Diane Spencer é ruiva, alta, atraente e comediante. O espectáculo chama-se ‘Spank’ – uma miscelânea de intérpretes e registos mais ou menos ordenados por dois mc’s medianos – e a rotina de stand-up de Diane é deliciosamente perversa e hardcore.


  • Como diabo isto aconteceu?!

    Passa um miúdo com um Ferrari. Pois. Um bólide encarnado, vistoso, as luzes aumentam de intensidade quando acelera. Faz um pião em meu redor mas sem me olhar sequer, sou um adereço, não passo de um utensílio, parte do cenário útil para o rapaz.


  • Não, as pessoas não são todas iguais

    Não acontece frequentemente, mas isso só torna a ocasião mais especial. Às vezes, sem se anunciar e com um sorriso entre o irónico e o perverso, a crónica vem ter connosco.


  • Livro público de reclamações

    Vila Viçosa: Gravámos por todo o lado, até no estrangeiro, com autorizações obtidas sem qualquer dificuldade: na Praça da Bastilha, na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, Paço Imperial ou até mesmo em pleno Cristo Redentor. Mas em Vila Viçosa batemos com o nariz na porta.


  • ‘Não vem de garfo que hoje é dia de sopa’

    ‘Ali na mesa ‘tá faltando ele / e a saudade dele / ‘tá doendo em mim’ – Jorginho do Império abre as hostilidades com um samba doce e triste dedicado ao pai.


  • Divagar se vai ao longe

    Tenho a certeza de que o Rio de Janeiro continua lindo, eu é que não consigo vê-lo. Está uma temperatura de Outono e há focos de neblina por todo o lado, ao virar de cada prédio, como bêbedos abraçados a árvores.


  • Manifesto Anti-Pelintras

    Isto é para vocês: bestas das bombas de gasolina, carrancudos dos restaurantes, sisudos das repartições, medíocres molengas da função pública em geral.


  • Ressonâncias da mágoa

    Há 15 dias aqui publiquei a crónica ‘No CV, onde se acrescenta a mágoa?’, despoletada por uma vizinha que me entregou o seu currículo – e sobre, precisamente, a luta cada vez mais desesperada de tantos por encontrar o seu justo lugar na sociedade.


  • Paris, escala para Damasco

    Os soldados vinham da batalha, ainda lavados em sangue, e sentavam-se a uma mesa comunitária, logo passando a fio de espada as carnes presentes e o pão.