É deputada desde 2011. Em que condições é que foi convidada?
Não estava à espera, mas penso que teve a ver com o meu percurso. Duas mulheres tentaram casar e o casamento ainda era um direito exclusivo de pessoas de sexo diferente e eu foi uma das pessoas que dei um parecer pro bono para que essas duas mulheres pudessem casar alegando que essa proibição era inconstitucional. Esse parecer foi publicado em livro e, quando começaram os debates em Portugal, comecei a ser chamada para esses debates e comecei a ser vista publicamente muita ativa nisso. Ao mesmo tempo fiz algum comentário político na televisão porque dava aulas de Direito Constitucional, Direito Internacional Público e Ciência Política e fazia comentário público ocasional. Isso deve ter sido observado por parte do PS, esse meu ativismo, e um dia recebi um telefonema do Marcos Perestrelo a convidar-me.
Não estava à espera?
Foi uma absoluta surpresa. Sempre tive interesse em dirigir a minha atividade profissional para coisas que tivessem interesse público e algumas coisas que de alguma maneira pudessem mudar a vida das pessoas. Sentia-me profundamente infeliz na advocacia. Fui advogada mas acabei por abandonar e dedicar-me ao ensino. O ensino foi a minha grande paixão toda a vida.
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