Maternidade Alfredo da Costa contesta aumento do número de partos

O Centro Hospitalar de Lisboa Central esclareceu hoje que o número de partos só aumentou na Maternidade Alfredo da Costa devido à transferência de casos não urgentes do Hospital D. Estefânia, e reafirmou que irá realizar 3000 este ano.

em comunicado, o conselho de administração do centro hospitalar de
lisboa central (chlc) explica que os profissionais do serviço de ginecologia e
obstetrícia do hospital d. estefânia (hde) estão, desde junho de 2011,
integrados nas equipas de urgência da maternidade alfredo da costa (mac).

isto significa que «todos os partos que não sejam de elevado risco
para a criança, são realizados na mac», e que «os partos de elevado risco
realizados no hde, desde junho de 2011, foram 73».

«o número de partos da mac aumentou em 2011 devido à mencionada
transferência do serviço de urgência do hde para a mac», sublinham os
responsáveis.

o chlc acrescenta ainda que o impacto da abertura do novo hospital
de loures obriga à reestruturação das áreas de referenciação dentro da área da
grande lisboa, tendo em conta também a quebra da natalidade e a capacidade
existente, não utilizada, de vários hospitais gerais.

assim, de acordo com aquela reestruturação, está previsto que o
chlc passe a realizar cerca de três mil partos anuais em 2012, conclui o comunicado.

esta nota vem na sequência das declarações do ministro da saúde no
parlamento, na quarta-feira, segundo as quais a maior maternidade do país
reduziu de seis mil para três mil o número de partos anuais, com os casos mais
complicados a serem já atendidos no hde.

refutando as declarações, a directora do serviço de obstetrícia e
medicina materno-fetal, ana campos, disse à agência lusa que, ao contrário do
que sucedeu noutras unidades hospitalares e invertendo a tendência da baixa da
natalidade, a mac assistiu nos últimos três anos a um aumento dos partos, sendo
que 60 por cento dos casos recebidos pela maternidade «são situações de maior
risco tratadas por equipas pluridisciplinares».

ana campos adiantou que, em média, o hospital dona estefânia
recebe por ano seis a dez partos, neste caso de recém-nascidos doentes ou com
malformação, que «precisam de ser intervencionados no imediato».

apontando dados, a mesma responsável disse que, em 2009,
registaram-se na mac 5244 partos, número que em 2010 subiu para os 5328 e, em
2011, para os 5583.

lusa/sol