Além das dimensões colossais e do tema sombrio, há vários aspetos que tornam a pintura de Antonio Gisbert memorável.
O Príncipe fala de ambição, poder e pragmatismo. O Principezinho faz a apologia da inocência, da infância e do sonho.
Ernest Shackleton conhecia bem o responsável pela estação baleeira, um norueguês com um grande bigode. Mas o homem não o reconheceu a ele.
O romance de Proust era um cemitério onde várias figuras da sociedade parisiense ganhavam vida. Quanto a não se conseguir ler nos túmulos ‘os nomes apagados’, não seria bem assim…
Em 1885, ano em foi nomeado ‘joalheiro de Sua Majestade’, Carl Fabergé recebeu do czar Alexandre III um pedido especial.
Descoberto por um sacerdote que dizia ter poderes psíquicos, o jovem indiano foi levado para o Reino Unido e preparado para se tornar o mestre que os teosofistas há muito aguardavam.
O volume do guia continuava a aumentar, ao ponto de eu questionar se, por aquele caminho, não ia rebentar pelas costuras.
Estaria Raymond Carver, ao escrever sobre o fim de Tchékhov, a preparar-se para a sua própria morte?
Quando Walter Benjamin visitou a capital soviética em 1926, os horrores da guerra civil eram pintados em tons heroicos e não se vislumbravam ainda as nuvens de chumbo do estalinismo.
Enquanto, não longe dali, a revolução industrial dava os primeiros passos, Philip Astley cobrava para mostrar as suas proezas em cima do cavalo.
À medida que os números e as estatísticas foram ganhando terreno, começaram a surgir os primeiros obstáculos. O terreno tornou-se pedregoso.
A pequena amostra apanhada ao acaso da sua História dos Judeus cativou-me de imediato.
Feito há uns 17 mil anos, este misterioso desenho parece quase ter sido desenhado por uma criança com um lápis grosso.
Os apontamentos tornaram-se quase uma obsessão. Às vezes penso naqueles japoneses que vão a Veneza e estão sempre agarrados à máquina fotográfica.
Um comentário pretensamente iconoclasta, mas na realidade apenas tolo, foi a gota de água.
Em 1953, quando já era um artista respeitado – mas de modo algum a lenda que viria a tornar-se –, Willem de Kooning recebeu a visita de um jovem que trazia uma garrafa e tinha um estranho pedido para lhe fazer.
Um texto pode tratar de coisas más, sujas, desagradáveis, e assim ser grande literatura. Mas não é por tratar de coisas más, sujas e desagradáveis que se torna automaticamente uma obra-prima.