Uma forma mais penetrante de observar sintomas da coisa literária em autores sujeitos ao engodo publicitário é ignorar os romances e olhar para outro tipo de textos, mais pequenos, onde as intenções estão mais à flor da pele.
O autor de bestsellers que se inscrevem num pós-modernismo às três pancadas, como “A Trilogia de Nova Iorque”, “Palácio da Lua” e “O Livro das Ilusões”, morreu na terça-feira, aos 77 anos, vítima de cancro.
Auster morreu em casa, em Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão, de acordo com a imprensa norte-americana.
“Toda a minha vida não fiz outra coisa senão arranjar problemas”, escreveu certa vez o mais blasfemo dos autores austríacos. “Não sou o tipo de pessoa que deixa os outros em paz”. Esta nota deve vir à cabeça para que ninguém vá ao engano ao abrir alguma das páginas desse escândalo contínuo que foi a…
Morreu esta terça-feira, aos 93 anos, um dos mais generosos, cultos e combativos ensaístas portugueses.
1934-2024. Morreu aos 90 anos de uma espécie de maldição familiar
Por muitos considerado o grande romance da ficção científica, quase seis décadas depois da sua publicação Dune continua a vender milhões de exemplares. Explorando questões existenciais e urgentes, do messianismo à ecologia, a sua influência foi tal que sem ele não teria havido A Guerra das Estrelas.
O poeta algarvio morreu este domingo, aos 74 anos, vítima de cancro. Depois de uma fulgurante estreia, e de ter sido central numa transição decisiva na poesia portuguesa, que soube arejar através da respiração da prosa, Júdice acabou escravizado enquanto escultor da sua própria estátua.
Poeta, ensaísta e ficcionista, Nuno Júdice foi, até 2015, professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
A discussão durou uns anos: qual o melhor livro sobre futebol americano: Vanity of Dulouz ou End Zone?
Meio século passou sobre a revolução que nos deu a liberdade e sobre o curto período em que algo da ordem do desejo ou até da utopia se manifestou à escala do conjunto da sociedade, mas, como nos mostra alguma literatura, tudo isso logo foi reprimido.
Duas décadas após a morte de uma das poetas que melhor conheceu, revirou e fez sua esta língua, chega-nos por fim a reunião da sua obra poética. A bruxa que «vestindo, despindo e arrastando amor, infância, sóis e sombras, veio dizer coisas terríveis à gente que passa».
Desde que o mais recente livro de Lídia Jorge foi publicado tudo se concertou na sua promoção para impedir que o leitor chegasse a ele sem levar em conta toda a aclamação aberrante que o cercou, sendo um livro que cumulou distinções e prémios num efeito sísmico do qual se esperaria que a leitura não…
No momento em que se torna o primeiro autor afrodescendente a ser objecto de um estudo académico em Portugal, Djaimilia reune num volume três intervenções tentando problematizar o seu lugar enquanto mulher negra escritora, mas apesar de tomar um grande balanço parece depois refugiar-se numa ambivalência sem saída.
Independentemente do trabalho enquanto jornalista literária, Isabel Lucas pode figurar como um tipo, um exemplar acabado de uma forma de compreender o fenómeno literário.
1944-2023. A escritora morreu aos 79 anos.
Precisa de ideias para presentes de última hora? Em contagem decrescente para o dia 25 de dezembro, apresentamos 25 sugestões. Da poesia à história, 25 livros para oferecer – aos outros ou até a si próprio.