Ao contrário do que eu imaginava, não se trata de um livro sobre a Pré-História e o homem de há não sei quantos mil anos. Não:é um estudo sobre o homem do presente e até do futuro.
Rauli foi sempre um miúdo incompreendido. Só pensava em livros, ou em pintar os lábios de carmim e as pestanas de preto azulado. Roubava roupa à mãe, maquilhava-se com as suas pinturas, e escondia os seus vestidos num palácio abandonado a que chamava País das Maravilhas.
Órfão desde muito pequeno, André George Léandre Adolphe encontrava consolo num livro que a madrinha lhe tinha oferecido e nas galerias do Museu de História Natural de Paris
Aos 27 anos lançou o quarto livro em fevereiro. E, em pouco tempo, tornou-se um fenómeno nas redes sociais. Com uma narrativa potente e acessível, a jovem autora não só conquistou um público diversificado, mas também trouxe para a mesa questões cruciais sobre a violência de género, a sociedade patriarcal e a importância da empatia
Deus na Escuridão é o romance que encerra a série “Irmãos, Ilhas e Ausências”. Arrevesado entre ser menino e purificado para anjo, Valter Hugo Mãe insiste em fazer da literatura uma triste e vicarial missa publicitária, onde o livro aberto surge como hóstia comovida para consolar as massas.
Entre autores e amantes de literatura, as redes sociais são valorizadas como motor de promoção dos livros e da mudança. Falámos com Maria Francisca Gama, Sara e Filipe Heath para compreender melhor o que está em causa.
Daniel-Rops, cujo nome de baptismo era Henry Petiot, escreveu uma História da Igreja que é uma espécie de catedral literária. De Gaulle contava-se entre os seus amigos, e Pio XII entre os seus leitores
Foi repórter de guerra durante vinte anos. Conheceu guerrilheiros, torturadores e violadores. Sabe o que é estar debaixo de fogo, a ouvir as balas a passar. E colocou toda essa experiência no seu mais recente romance, Revolução (ed. ASA).
1934-2024 O mais influente crítico literário norte-americano .
Foi jornalista, locutor de rádio, soldado, desertor, prisioneiro, exilado. Diz na brincadeira que chegou a França a saber apenas três palavras em francês: Jean-Paul Sartre. Os amigos riam-se quando dizia que queria ser escritor. Agora publica na prestigiada Gallimard.
Amy e Isabelle. Filha e mãe. Um verão terrível. Uma relação vulnerável, tóxica, sem saída, de onde nenhuma das duas poderá escapar.
Livro que o dissidente russo preparou em segredo antes da sua morte é um dos lançamentos mais aguardados do ano
Jim Harrison fez sua a frase de Rimbaud “tudo o que nos ensinaram é falso”, com um olho aberto para o dia e outro para a noite, atravessou prados e bosques à procura de algo vivo entre os fantasmas que acompanham os homens.
Da ficção, à poesia, passando pela História e atualidade. São várias e muitas as novidades literarárias para este outono. Para muitas horas de leitura
Nas milhares de páginas dos ensaios de Velho Nogueira haverá certamente momentos interessantes, mas o que encontramos demasiadas vezes, para além de momentos absolutamente extemporâneos de análise, é a aplicação do jargão para-filosófico e a mistura de tudo com tudo num experimentalismo inócuo
Integrado numa esquadra encarregada de uma missão secreta, o Wager naufragou em 1742 na Patagónia. Em vez de combaterem os espanhóis, os seus homens viram-se numa luta pela sobrevivência. A história deste naufrágio é brilhantemente reconsitutída por David Grann, com abundância de pormenores
«De manhã tinha muita coisa, agora já está mais escolhido», desculpava-se a dona da banca. Vendo agora as coisas com frieza, se calhar ainda bem que não cheguei mais cedo ao festim.
Como passavam o tempo os oficiais aliados detidos na prisão de alta segurança dos nazis? Organizavam jogos, liam, fabricavam vinho caseiro, apanhavam sol no pátio, encenavam peças de teatro. E, claro, planeavam espetaculares fugas, algumas das quais resultaram.