Passou 20 ou 30 anos a pesquisar para A História do Mundo, não apenas lendo artigos especializados, mas também conversando com os seus colegas na universidade de Oxford. ‘É bom pensar em grande e ser ousado’, afirma Peter Frankopan.
Quase a lançarem o segundo livro que escreveram juntos, Alice Vieira e Nélson Mateus, que têm uma relação de avó e neto, conversam com a LUZ sobre a necessidade do envelhecimento ativo e a urgência da preservação da memória.
Os anos trinta foram anos exaltados para a literatura argentina. No centro do turbilhão a revista “Sur” de Victória Ocampo marcava o ritmo da tempestade. Excêntrica de um modo que todos achavam difícil de adjectivar, a sua irmã mais nova, Silvina Ocampo, atravessou esse centro sem se deixar capturar.
O autor regressa ao romance, com uma narrativa que segue a errância de um homem que desperta num hospital, gravemente ferido, e que tenta regressar a casa. De tão mastigado, o universo de Cancela apresenta os sinais da desaparição, a emergência do vazio, desenhando uma zona-limite, à beira do fim.
Após a chegada de Hitler ao poder, em 1933, Beradt era então uma jovem de vinte e poucos anos quando decidiu iniciar uma invulgar recolha de testemunhos, mapeando mais de trezentos sonhos que lhe foram ditados por cidadãos alemães, expondo os efeitos subterrâneos da difusão da ideologia e do terror nazis.
“A grande vida” de Jean-Pierre Martinet é um pequeno livro que a editora Cutelo atirou, como um petardo de riso e trevas, para as estantes das livrarias. Uma novela escrita numa linguagem fervorosa sobre um mundo coberto de borralho como uma fogueira apagada
De 2009 a 2023, o mundo enfrentou uma série de desafios económicos, temas que Paulo Monteiro Rosa analisou à lupa em artigos de opinião e que agora compilou em livro. À LUZ, o economista diz que «perceber a História ajuda a mitigar dificuldades económicas e financeiras que vão aparecendo» e confessa que os desafios que…
Dentro dos novos autores de bestsellers em Portugal quem parece estar a dominar o mercado das vendas são mulheres. Desde o romance ao thriller, destacam-se Colleen Hoover, Freida McFadden e Leslie Wolfe, – as escritoras americanas são verdadeiros fenómenos literários internacionais.
Alfarrabista e crítico literário, em vez de outra fanfarronada de quem se propõe vir agora exumar a lenda, Bobone disseca as especulações e faz um ponto de ordem depois de 400 anos em que Camões foi sobretudo um espelho dos seus intérpretes.
Luís Bernardo Honwana escreveu este livro de contos em 1964, quando tinha apenas 22 anos, e Moçambique estava ainda submetida à administração portuguesa, sendo patente uma estratégia de expressão anticolonialista, servindo-se da língua do invasor para denunciar a invasão.
Uns trazem uma lista, outros preferem vir à descoberta. Mafalda acredita que pode viver mil vidas através de um romance; João leva um saco cheio e ainda não terminou a sua volta; Maria partilha o que lê no Tik To e só este ano já leu 73 títulos. Adolescentes ou adultos, partilham a paixão pelos…
Os 500 anos deste poeta cujo canto se viu atado à pátria e submergido exigiriam uma atualização, atendendo ao seu efeito de rutura e denúncia, àquela ciência sonora aprendida com o mar e a sua infindável viagem, que continua a incitar-nos a largar amarras para só regressarmos inspirados de um verdadeiro ímpeto de vingança.
Nascido em Moscovo, Wladimir Kaminer escapou à paranoia soviética, mas trouxe o seu sentido de escala e a ironia das gerações desgastadas pelos grandes mitos trágicos, e daí que a derrocada do Ocidente não deixe de lhe saber a um pequeno-almoço abundante com vista sobre o tal apocalipse
Uma forma mais penetrante de observar sintomas da coisa literária em autores sujeitos ao engodo publicitário é ignorar os romances e olhar para outro tipo de textos, mais pequenos, onde as intenções estão mais à flor da pele.
Auster morreu em casa, em Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão, de acordo com a imprensa norte-americana.
Fez o curso de Comandos e aos 20 anos já liderava um grupo de combate. Fez três comissões – Moçambique, Angola, Guiné – e integrou o movimento dos capitães. Nesta primeira parte da conversa, que continua na próxima edição, recorda a sua experiência em África e as circunstâncias que levaram à revolução.