Livros



  • Roer o fruto da História até ao seu paradoxal caroço

    Nascido em Moscovo, Wladimir Kaminer escapou à paranoia soviética, mas trouxe o seu sentido de escala e a ironia das gerações desgastadas pelos grandes mitos trágicos, e daí que a derrocada do Ocidente não deixe de lhe saber a um pequeno-almoço abundante com vista sobre o tal apocalipse

    Roer o fruto da História até ao seu paradoxal caroço

  • Literatura de Centro Comercial

    Uma forma mais penetrante de observar sintomas da coisa literária em autores sujeitos ao engodo publicitário é ignorar os romances e olhar para outro tipo de textos, mais pequenos, onde as intenções estão mais à flor da pele.

    Literatura de Centro Comercial

  • Morreu o escritor norte-americano Paul Auster

    Auster morreu em casa, em Nova Iorque, vítima de cancro do pulmão, de acordo com a imprensa norte-americana.

    Morreu o escritor norte-americano Paul Auster

  • Carlos de Matos Gomes. ‘O 25 de Abril é um ato também de disciplina’

    Fez o curso de Comandos e aos 20 anos já liderava um grupo de combate. Fez três comissões – Moçambique, Angola, Guiné – e integrou o movimento dos capitães. Nesta primeira parte da conversa, que continua na próxima edição, recorda a sua experiência em África e as circunstâncias que levaram à revolução.

    Carlos de Matos Gomes. ‘O 25 de Abril é um ato também de disciplina’

  • 25 de Abril e o complexo da sua profanação

    A partir dos instrumentos de análise de Jean Baudrillard, que apontou para uma tentação de submeter o século XX a um processo de revisionismo e desinformação imparável, procuramos compreender como as comemorações dos 50 anos da revolução dos cravos procuram esvaziá-la de sentido, e como apenas exprimem uma forma de arrependimento.

    25 de Abril e o complexo da sua profanação

  • Thomas Bernhard. Um leitor carnívoro

    “Toda a minha vida não fiz outra coisa senão arranjar problemas”, escreveu certa vez o mais blasfemo dos autores austríacos. “Não sou o tipo de pessoa que deixa os outros em paz”. Esta nota deve vir à cabeça para que ninguém vá ao engano ao abrir alguma das páginas desse escândalo contínuo que foi a…

    Thomas Bernhard. Um leitor carnívoro

  • Vania Baldi. A indústria da inconsciência

    Em Otimizados e Desencontrados, este autor italiano explora o quadro de devastação íntima e cultural que a propagação do digital e os hábitos da relação com o ecossistema tecnológico e mediático têm provocado, ao ponto de transformarem a própria natureza humana.

    Vania Baldi. A indústria da inconsciência

  • Nuno Júdice. Últimas notícias da nossa juventude

    A morte de Júdice a 17 de Março por agora só gerou o palavreado encomiástico próprio das brochuras mortuárias, mas seria importante recuar meio século e ter em conta como a sua estreia trouxe um ímpeto de renovação da poesia que pela última vez correspondeu a essa “primavera magnífica” que se espera da juventude.

    Nuno Júdice. Últimas notícias da nossa juventude

  • Maryse Condé. O idioma insubmisso de uma negra ‘canibal’

    1934-2024. Morreu aos 90 anos de uma espécie de maldição familiar

    Maryse Condé. O idioma insubmisso de uma negra ‘canibal’

  • Grandeza e miséria de Camões

    Fidalgo pobre, nascido provavelmente em 1524 e criado em Lisboa, Camões movimenta-se em meios duvidosos. Apesar dos seus pergaminhos, não desdenha dar-se com prostitutas e rufiões. E acaba preso.


  • Luís Quintais. “Poema, senhor das moscas”

    A mais recente recolha de poemas de Quintais permite-nos traçar um retrato dos modos de abdicação e sujeição a que se abandonou muita da actual poesia portuguesa, julgando sinalizar o fim do mundo, quando era o mundo, na verdade, que parecia desertar das suas representações.

    Luís Quintais. “Poema, senhor das moscas”


  • Bernardo Trindade. ‘‘Não sei vender um livro a um cliente sem rosto!’’

    Se julgam que a profissão de alfarrabista é poeirenta e pouco entusiasmante, desenganem-se. Pode ser excitante como uma aventura policial e ficámos a saber porquê. Na vida de Bernardo Trindade, que se iniciou nesta vida desde menino, e nos explica, ineditamente, qual foi a primeira publicação editada em Portugal, tem havido um pouco de tudo.

    Bernardo Trindade. ‘‘Não sei vender um livro a um cliente sem rosto!’’

  • Episódio 7: Como fazer dos nossos filhos leitores? 

    Sara Rodi. Autora de mais de quarenta livros para crianças, jovens e adultos, é também argumentista em diversos produtos de ficção televisiva e tem 4 filhos.

    Episódio 7: Como fazer dos nossos filhos leitores? 

  • Violet Moller. ‘A ideia de Idade das Trevas é simplista. E o passado não foi simples, foi complicado’

    Sem o contributo que o mundo islâmico deu à ciência, hoje poderíamos não conhecer as obras de autores como Euclides, Ptolemeu e Galeno. A Península Ibérica teve um papel decisivo nesse processo, explica a autora de O Mapa do Conhecimento.

    Violet Moller. ‘A ideia de Idade das Trevas é simplista. E o passado não foi simples, foi complicado’

  • Ezra Pound. “O que custa é acertar no centro exacto”

    A ausência da Cultura nos programas eleitorais gerou alguma perplexidade e denúncias entre alguns dos nossos agentes do sector, mas enquanto estes continuam a exigir mais atenção e uma fatia maior do bolo orçamental, escusam-se por todos os meios a confrontar o vazio que garante a esterilidade das actuais “políticas culturais”.

    Ezra Pound. “O que custa é acertar no centro exacto”

  • Abril aos 50 anos, a mais cruel das primaveras

    Meio século passou sobre a revolução que nos deu a liberdade e sobre o curto período em que algo da ordem do desejo ou até da utopia se manifestou à escala do conjunto da sociedade, mas, como nos mostra alguma literatura, tudo isso logo foi reprimido.

    Abril aos 50 anos, a mais cruel das primaveras

  • Ilya Kaminsky. Uma conspiração contra o esquecimento

    O livro de estreia de um poeta nascido em Odessa, e que juntamente com a família obteve asilo nos EUA, leva-nos de volta à ferida mortal do século passado, e à lúcida e dolorosa memória que entre si traficam aqueles que procuram restituir à música a palavra num mundo de onde os sinos foram arrancados.

    Ilya Kaminsky. Uma conspiração contra o esquecimento