“Com estupefação, surpresa e indignação, tomamos conhecimento de que o Colégio de Especialidade de Ginecologia-Obstetrícia resolve pôr a discussão pública um conjunto de medidas que ainda aumentam mais a carga de trabalho”, diz Jorge Roque da Cunha, secretário-geral do SIM.
Os médicos Pedro Figueiredo, Mara Marques e Maria João Tiago refletem acerca do estado atual do SNS, estabelecendo uma comparação com o setor privado. A psicóloga Eunice Caracol explica em que consiste o burnout.
A relação não tem sido fácil nem para médicos, com fechos de serviços e pedidos de demissão em bloco, nem para doentes que se deparam com filas de espera intermináveis tanto para consultas como para cirurgias. Urgências são o principal calcanhar de Aquiles.
Carta com demissão em bloco foi assinada por 16 assistentes
Greve foi convocada pelos sindicatos que compõem a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – marcou também para hoje uma concentração junto ao Ministério da Saúde.
O hospital “vive os piores momentos da sua história e vê-se a não cumprir o seu maior objetivo”, ou seja, “a prestação de cuidados de excelência ao doente”, lamentam os médicos.
Até 2030 cinco mil médicos vão aposentar-se. Questão não se coloca nos enfermeiros.
Declarações de Pizarro foram feitas após denuncia do SIM sobre Hospital de Loures.
Ministério da Saúde decidiu prorrogar regime transitório, porque ainda estão a decorrer negociações com os sindicatos.
Os médicos “paralisarão a sua atividade profissional entre as 00h00 do dia 8 de março e as 24h00 do dia 9 de março de 2023”, diz o comunicado do pré-aviso da greve convocada pelos sindicatos dos médicos do Norte, da Zona Centro e da Zona Sul, estruturas que integram a FNAM.
Em causa estarão más práticas médicas.
Estão previstas 196 vagas para a área de Medicina Geral e Familiar, 24 para a área de Saúde Pública e 34 vagas para a área hospitalar.
Médicos cometeram erros de diagnóstico, alega MP na acusação.
“Se pudesse falar com o Ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE), pediria ajuda para todos aqueles que estão na nossa situação e que se pusesse no nosso lugar”, afirma Tiago Pais.
Cinquenta e seis antigos e atuais diretores de serviços de urgência haviam dito, na semana passada, num manifesto, que é indispensável a criação da especialidade tendo em consideração as “enormes insuficiências” da rede hospitalar.
Em Lisboa, o Hospital de Santa Maria continua a ser aquele onde o tempo de espera é mais elevado. Roque da Cunha, do SIM, diz que Governo tem de tomar medidas.
44 médicos assinaram a carta de demissão
“Estamos desiludidos, sim, mas ficou já marcada uma reunião para 15 de dezembro”, diz Joana Bordalo e Sá, vice-presidente da FNAM, após encontro com o Ministério da Saúde.