Querida avó, Folheio o livro Alter Ego, do nosso amigo António Homem Cardoso, enquanto te escrevo esta carta. Imagina um espelho mágico à frente do qual cada um se interroga: «Que gostaria eu de ser se a vida não me tivesse empurrado para os caminhos ínvios da arte?»Foi desta forma que o Mestre Homem Cardoso…
Até final de novembro, a exposição do Ruy de Carvalho estará patente no Museu Municipal Martins Correia e na Casa Mendes Gonçalves. Como comissário da exposição tenho ido à Golegã frequentemente.
Como não podia deixar de ser, visitei o Vulcão dos Capelinhos, o território português mais recente. A singularidade de sua beleza paisagística é arrebatadora.
Recentemente vi uma notícia que me deixou feliz. Dizia que a venda de livros aumentou 7%. Será isto um sinal de esperança? Mas se forem os livros de receitas e autoajuda a liderar as vendas, será um sinal de mais leitores?
Apesar das dificuldades, havia entre os alunos e professores um grande respeito, coisa rara nos dias de hoje. As brincadeiras no recreio, as amizades e as pequenas aventuras do dia a dia escolar são memórias que guardo com carinho.
Cada medalha, seja de bronze, prata ou ouro, vai ter 18 gramas de ferro do ponto turístico mais famoso da França?
És uma avó que todos os miúdos e graúdos conhecem (culpa da Rosa, Minha Irmã Rosa). Tanto falas de coisas sérias dos jornais como te divertes a escrever livros com cheiro a chocolate (e a morango e a baunilha e a caramelo).
Quase a lançarem o segundo livro que escreveram juntos, Alice Vieira e Nélson Mateus, que têm uma relação de avó e neto, conversam com a LUZ sobre a necessidade do envelhecimento ativo e a urgência da preservação da memória.
Viajamos tantas vezes para o estrangeiro para conhecer novas cidades e acabamos por deixar para segundo plano o nosso território.
então não é que passei esta última noite toda a sonhar que estava a trabalhar num jornal, que tinha sido considerado o melhor jornal português e um dos melhores do mundo – por causa do meu trabalho, imagina!
Tive muita pena quando ele morreu e admiro muito a filha, Isabel Moreira, que tem feito um grande trabalho como deputada do PS na Assembleia da República.
Querida avó, Finalmente tive oportunidade de ir ver a peça Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro. Tens-me falado tanto desta ser uma peça fundamental do teatro português do século XX, que assim que soube que iria estar em cena no Palco de Teatro São Luiz, em Lisboa, não hesitei em ir vê-la. Gostei…
Passados 50 anos da Revolução dos Cravos, ainda não se sabe quantos livros foram proibidos pela Direção dos Serviços de Censura do Estado Novo.
Nós andávamos muito preocupados porque esperávamos a toda a hora um golpe de Estado – mas um golpe de Estado da direita, dirigido pelo General Kaúlza de Arriaga.
Não me esqueço de uma vez que a censura cortou tanto o que escrevemos, que a capa do jornal saiu com receitas de cozinha, imagina.