Seguro diz que chegou a hora de censurar o Governo

O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou hoje que no próximo domingo “é a hora” de todos os portugueses que querem “correr” com este Governo votarem para fazerem justiça e censurem o actual poder político em Portugal.

Seguro diz que chegou a hora de censurar o Governo

António José Seguro falava num almoço comício do PS em Fafe, depois de referir que, ao longo dos últimos três anos, tem ouvido "muita gente, milhares de portugueses", a dizerem-lhe "tirem-nos de lá, corram com eles", numa alusão ao executivo liderado por Passos Coelho. 

"Pois bem, a quatro dias das eleições, é agora, chegou o dia que tanto esperaram. É a hora de, com o voto de cada português, fazermos justiça, censuramos este Governo e votarmos na mudança para dar de novo esperança e confiança aos portugueses", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.

Na sua intervenção em Fafe, o líder socialista foi mais longe sobre as consequências nacionais do resultado que se verificar nas eleições para o Parlamento Europeu no próximo domingo e defendeu a tese de que o voto "servirá para dar um sinal claro contra a austeridade".

"É preciso ir votar para evitar o aumento de impostos que o Governo se prepara para fazer, é preciso ir votar para impedir os cortes definitivos nos salários e nas pensões. Só o PS pode derrotar este Governo – e quanto mais votos tiver o PS maior será a derrota do Governo", reiterou António José Seguro.

Para o líder socialista, "votar no PS neste domingo será o sinal mais claro e a melhor maneira de dizer que os cortes não são definitivos, que este Governo está de passagem e que o seu tempo está a chegar ao fim".

"Por isso, apelo às portuguesas e aos portugueses para que tenham uma grande participação eleitoral, para que haja uma grande vitória do PS", concluiu.

Perante uma plateia de apoiantes do baixo Minho, Seguro fez uma intervenção em parte caracterizada por uma defesa do sector produtivo nacional, sustentando a tese de que o investimento privado tem condições para aparecer se for impulsionado pelo investimento público.

"Não nos venham dizer que esta crise não pode permitir o dinamismo da economia e a criação de emprego. Quem não está a permitir a criação de emprego e o dinamismo da economia é este Governo liberal, que apenas aplica austeridade atrás de austeridade, cortes atrás de cortes e empobrecimento atrás de empobrecimento. Há um outro caminho para Portugal", sustentou.

Lusa/SOL