À chegada à Comissão Nacional, a eurodeputada Ana Gomes, apoiante de Seguro, falou na necessidade de uma “clarificação o mais rapidamente possível”. E criticou duramente António Costa, referindo que o timing da candidatura à liderança do PS é “totalmente inapropriado e um bónus à direita”. “Estes impulsos patrióticos já podiam ter acontecido após o PS ter perdido as legislativas em 2011”, disse.
Já o ex-ministro de Sócrates, Pedro Silva Pereira, que até agora se tem mantido em silêncio, disse que um Congresso extraordinário permitirá ao PS “apresentar-se como uma alternativa forte, clara e sem questões internas”, escusando-se a comentar a liderança de Seguro ou o avanço de Costa.
Também o recém eleito eurodeputado Francisco Assis, que ontem apelou à “moderação” no debate entre os socialistas, defendeu a realização de um Congresso com um argumento que tem sido utilizado pelos apoiantes de Costa: “Estamos perante uma questão política e, como tal, tem de ser resolvida politicamente”. Ontem, à saída da reunião do Secretariado Nacional, Assis sublinhava o seu apoio a Seguro: “Não sou um troca-tintas”.
Já o ex-Secretário de Estado do governo de Sócrates, Pedro Marques, defendeu o Congresso extraordinário para se poder definir “o melhor candidato a Primeiro-Ministro”.
À entrada para a Comissão Nacional, Seguro disse apenas estar “muito bem disposto”.