"O líder do partido não tem medo do confronto", diz ao SOL um elemento próximo de Seguro. A hipótese de ser Seguro a tomar a iniciativa é hoje notícia no Público e foi também já dada pela edição diária do Expresso digital.
António Costa depende para já do secretário-geral para iniciar este processo, dado que apenas tem 33% de apoiantes na Comissão Nacional. É de esperar que consiga uma percentagem superior, por ter aumentado a sua base de apoio, mas não ao ponto de ter a maioria numa votação neste órgão.
Na reunião do Vimeiro, é de prever que num primeiro momento Seguro se vitimize, num sentido que já foi ensaiado nas suas declarações após Costa o ter desafiado para uma disputa pela liderança. Dirá que ele é um secretário-geral legitimado por duas vitórias eleitorais, em autárquicas e europeias, não havendo precedentes de um líder ser desafiado nestas condições
No entanto, Seguro deve num segundo momento propôr ele mesmo a abertura de um ciclo de clarificação interno. Se não o fizer, Costa, no caso de perder a votação da Comissão Nacional, terá de conseguir convencer a maioria das federações representativas da maioria dos militantes.
A opinião de que deve ser Seguro a propôr a clarificação foi transmitida ao secretário-geral por vários dos seus apoiantes. Figuras como Ana Gomes e Francisco Assis têm-no defendido publicamente. Há no entanto membros da direcção, sabe o SOL que apostam num braço de ferro ao nível das federações.