Depois de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque, esta quarta-feira foi a vez de Tikrit, terra natal do antigo ditador Saddam Hussein, ter sido tomada por islamistas radicais.
Homens armados do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL, ou também ISIS, na sigla inglesa) invadiram a cidade a apenas 150 quilómetros a norte da capital Bagdade e combatem agora em Samarra, outra importante cidade mais a sul.
Na terça-feira tinha caído Mossul, importante centro petrolífero no extremo norte iraquiano e morada de mais de um milhão de pessoas. Pelo menos 500.000 pessoas fugiram da cidade. Os rebeldes raptaram ainda cerca de 50 diplomatas e funcionários turcos, com Ancara a prometer “duras retaliações” se algum dos seus cidadãos for morto.
O primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki também promete uma reacção forte, ameaçando também as forças iraquianas que desertarem perante o avanço dos radicais.
O ISIL é um movimento extremista com raízes no caos que se seguiu à queda de Hussein em 2003 e que originalmente tinha ligações à al-Qaeda, com quem cortou laços recentemente. É um dos principais grupos armados a combater o regime de Bashar al-Assad na vizinha síria e é maioritariamente constituído por árabes sunitas. Visa estabelecer um califado regido pela lei islâmica na região que compreende o Iraque e a Síria.