O IGCP, o organismo público que gere a dívida do Estado, terá de fazer emissões de Obrigações ou Bilhetes do Tesouro, o que não deverá ser problemático, como mostrou a uma emissão de dívida conduzida realizada desta semana.
O Tesouro conseguiu captar 750 milhões de euros, financiando-se a uma taxa de juro de 3,25%, um valor abaixo da última emissão de dívida e só comparável com os 3,13% a que Portugal se financiava nos mercados em 2005, antes da crise.
O resultado desta emissão de dívida faz com que não receber a última tranche possa mesmo ser um bom negócio, já que a taxa de juro do empréstimo concedido pela troika está nos 3,4% – um valor mais alto do que o conseguido nos mercados. “Estamos a conseguir taxas de juro mais competitivas do que as do bail out”, aponta uma fonte do Governo.
O presidente do IGCP admite hoje no Jornal de Negócios que organismo está preparado para obter financiamento além do que foi estipulado no Orçamento do Estado. “Se além dos leilões fizermos uma emissão sindicada em euros, facilmente ultrapassamos o programa de financiamento”.
* Com João Madeira