Segundo a moção o congresso e as directas se realizem ‘com a brevidade possível’, uma expressão que evita a exigência de elas se realizarem antes das primárias, propostas por António José Seguro, que estão marcadas para 28 de Setembro.
Ontem à noite foram votadas outras duas moções. Uma delas de apoiantes de António José Seguro, a saudar as primárias para primeiro-ministro e a defender a mobilização de militantes e simpatizantes. O resultado foi uma nova derrota pesada para o lado segurista: 12 votos a favor, 62 contra e 5 brancos.
A terceira moção, de Marcos Perestrello, defende a realização dos congressos federativos no PS depois das eleições primárias para a escolha do candidato socialista a primeiro-ministro.
Na reunião estiveram presentes três secretários nacionais de Seguro. Eurico Brilhante Dias, que defendeu a moção a saudar as primárias, António Galamba e Joaquim Raposo. Este último defendeu, com Marcos Peresetrello, que as votações se realizassem por voto secreto, o que acabou por ser decidido pela maioria dos presentes.
A FAUL é a segunda maior estrutura do PS, representando cerca de 12500 militantes. É considerada o bastião de António Costa, o que as votações de ontem confirmam. Costa teve ainda 16 dos 17 presidentes das juntas de freguesia a assinar uma carta a pedir congresso antecipado e directas.
A federação lisboeta soma-se às de Vila Real, Algarve, Castelo Branco, Portalegre, Évora, que aprovaram nas últimas semanas moções a favor de directas e congresso antecipado. Os seguristas, por seu lado, contabilizaram uma vitória em Setúbal, que rejeitou o congresso. No Porto, a reunião da federação deixou de fora a questão do congresso e Seguro viu aprovado um voto de confiança à sua estratégia das eleições primárias.