António Costa chegou com um atraso de vinte minutos e não prestou declarações. Já César sublinhou que a direcção deu “sinais preocupantes” sobre a disponibilidade para o diálogo. Os costistas entregaram as sugestões de alteração ao regulamento das primárias feito pela direcçãpo e não tiveram resposta. “Um mau sinal também para o país”, garantiu o ex-presidente do governo regional dos Açores, referindo que o PS deve recuperar o “défice de credibilidade” que tem tido nas últimas semanas.
À entrada para a reunião da Comissão Política que vai decidir esta noite o regulamento a adoptar nas primárias de dia 28 de Setembro, Alberto Martins e Francisco Assis, apoiantes de Seguro, mas também Vieira da Silva, apoiante de Costa, apelaram ao consenso.
“As divergências são normais, espero que haja disponibilidade para encontrar consensos”, apelou Vieira da Silva. No mesmo sentido, Alberto Martins frisou que o PS é um “partido democrático” e que espera que o processo decorra com a “maior transparência, maior rigor e maior fiscalização”.
Já o cabeça-de-lista do PS à eleições europeias lembrou que foi dos “pioneiros” a propor as primárias. “É absolutamente fundamental um entendimento entre ambos”, disse.
Fonte da direcção de Seguro afirmou que o partido recebeu mais de uma dezena de contribuições para o regulamento das primárias, incluindo a de António Costa, e que a proposta que Seguro levou hoje a discussão na Comissão Política já incluiria alguns desses contributos.