Segundo a revista alemã Der Spiegel, que cita fontes próximas da chanceler, a líder conservadora não tenciona concorrer a quarto mandato e pondera mesmo abandonar Berlim antes das eleições de 2017. Seria a primeira vez desde 1949 que um governante germânico abandonaria o cargo de forma voluntária.
Merkel completa 60 anos na próxima quinta-feira e governa o país mais populoso e a maior economia da Europa desde 2005. Apesar de gozar de elevados índices de popularidade, a chanceler teme o desgaste da sua imagem, citando o exemplo de outros líderes inicialmente populares, como Konrad Adenauer e Helmut Kohl, que acabaram por sofrer derrotas humilhantes nas urnas ou no seio dos próprios partidos.
Uma saída até 2017, nota o Der Spiegel, colocaria Merkel na primeira linha da corrida para o lugar de secretário-geral das Nações Unidas ou para a presidência do Conselho Europeu.
Em Maio, a imprensa luxemburguesa noticiou que a alemã estaria interessada em suceder a Ban Ki-moon. Inicialmente desmentida, a tese ressurge agora nas páginas da Der Spiegel.
Também em Abril de 2013, o editor de política do tabloide Bild, Nikolaus Blome, previa num livro que Merkel abandonaria o poder em 2015.
A Der Spiegel indica ainda que Ursula von der der Leyen, a actual ministra alemã da Defesa, seria a mais provável sucessora de Merkel até à convocação de eleições.