Horas após a proposta de cessar-fogo, apresentada pelo Egipto para tentar a paz entre o Governo israelita e o Hamas na Faixa de Gaza, a esperança de estabilidade na região morreu. Os islamistas não aceitaram a trégua (cerca de três dezenas de rockets foram lançados nas primeiras horas) que começava às 9 horas da manhã (7h em Portugal), dando mostras de repudiarem iniciativas vindas do Cairo – e do Presidente el-Sisi, o mesmo que se tem dedicado a aniquilar os também islamistas da Irmandade Muçulmana. Israel, que inicialmente aceitou parar as hostilidades, já as retomou, com bombardeamentos em todo o enclave.
Uma semana depois do início da operação Margem de Protecção, lançada por Israel contra a Faixa de Gaza, com mais de 1.400 feridos e cerca de 200 mortos – todos do lado palestiniano -, a invasão terrestre de Gaza torna-se cada vez mais provável. Danny Ayalon, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, anunciou há pouco: “Se o Hamas não aceitar o cessar-fogo até às 21 horas [19h em Portugal], a minha estimativa é que as Forças de Defesa de Israel terão de entrar em Gaza”.
Também o chefe do Governo israelita aproveitou a deixa, afirmando que “a rejeição do cessar-fogo por parte do Hamas dá a Israel toda a legitimidade para expandir a operação”. Os islamistas dizem que foram atacados durante a trégua, algo que os militares israelitas negam.