O PCP apresentou um voto à “condenação dos crimes cometidos por Israel contra o povo palestiniano”, enquanto o PS e BE apresentaram um voto de “condenação à violência na Faixa de Gaza”.
O deputado comunista, Bruno Dias, condenou o “acto de genocídio na Palestina”. Já o deputado do PS, Sérgio Sousa Pinto, condenou o “uso desproporcionado da força de Israel” e lamentou a falta de acordo da maioria o que, na sua opinião, revela uma “trágica falência da política externa” do governo. Para a bloquista Helena Pinto “não há palavras para descrever o horror deste ataque e invasão” por parte de Israel e o deputado dos Verdes, José Luís Ferreira, notou o “silêncio cúmplice” do governo português.
O conflito na Faixa de Gaza divide esquerda e direita. Os deputados da maioria rejeitam que se olhe apenas para um lado da história. “Todos condenamos as atrocidades. Mas não podemos apenas condenar um lado, quando todos os dias chegam relatos de responsabilidade de todos os lados”, afirmou o deputado do PSD, António Rodrigues.
Na mesma linha, o deputado do CDS, Filipe Lobo d’Ávila, afirmou que deve haver “contenção dos dois lados” e lembrou que o parlamento aprovou há duas semanas um voto de apelo à paz e ao cessar-fogo na Faixa de Gaza que teve um “amplo consenso” entre os partidos.