Há ‘menos de uma dúzia’ de portugueses ligados à Jihad

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, disse hoje que Portugal partilha informação com os seus parceiros para monitorizar a “menos de uma dúzia” de portugueses com ligações à Jihad islâmica.

Há ‘menos de uma dúzia’ de portugueses ligados à Jihad

"Temos acompanhado, sobretudo ao nível do sistema de informações, essa situação. Sabemos que existem alguns luso-descendentes, mais propriamente, pessoas que são filhos de portugueses e de pessoas de outras nacionalidades, e que têm tido alguma participação, supostamente, em actividades jihadistas", declarou o primeiro-ministro em Gales, no final da cimeira de dois dias da NATO no país.

Passos Coelho foi questionado sobre notícias recentes dando conta de alguns portugueses com ligações à Jihad.

"São menos de uma dúzia de cidadãos e temos vindo a acompanhar com informação que vamos obtendo justamente através dos nossos parceiros internacionais que possa de alguma maneira merecer preocupação para Portugal", sustentou o primeiro-ministro.

Nesta fase, acrescentou ainda o chefe de Governo, "não há nada mais que possa acrescentar a não ser que Portugal partilha informação com os parceiros "de modo a monitorizar essas situações e a minimizar evidentemente qualquer acontecimento que pudesse pôr em causa" a segurança do país.

Num outro tópico, Passos Coelho falou também da questão russa e das questões referentes à energia e à distribuição de gás, advogando que a crise envolvendo a Ucrânia "tem constituído de certa maneira uma oportunidade para que os países europeus acordem para a realidade que têm", a de que "o mercado europeu de energia que se mantêm extremamente fragmentado".

A possibilidade de se aumentar o nível de interconexões através da Península Ibérica para o resto do continente europeu continuará a ser debatido em futuros Conselhos Europeus, assinalou o primeiro-ministro, reconhecendo que esta é uma das "matérias mais importantes que a nova Comissão [Europeia] que iniciará os seus trabalhos a partir de Novembro terá a seu cargo". 

Lusa/SOL