Falando no final de uma visita à Agroglobal, Feira das Grandes Culturas, em Porto de Muge, no concelho do Cartaxo, Seguro afirmou que os dois debates foram "muito complementares", tendo o segundo, realizado na quarta-feira à noite, constituído "uma oportunidade para expressar mais detalhadamente" as suas propostas.
"Não compreendo como é possível ser-se candidato a candidato a Primeiro-Ministro e não se ter uma solução para a dívida como prioridade da acção política", declarou, reafirmando a prioridade do seu "projecto de mudança" na criação de riqueza como forma de enfrentar a elevada dívida do país.
Questionado sobre se se compromete com a meta de 2,5% para o défice em 2015, António José Seguro reafirmou que o equilíbrio das contas públicas tem que acontecer "não através da austeridade ou de cortes cegos, que levam ao empobrecimento e ao aumento da dívida, mas pondo a economia a crescer".
"Sem colocar a economia a crescer o país não é viável, não é sustentável", declarou.
Seguro, que experimentou vários aparelhos e máquinas agrícolas, sublinhou "a grande evolução" tecnológica e de massa crítica "dos empreendedores na área da agricultura", referindo a sua satisfação por uma das áreas do seu plano de reindustrialização assentar na agricultura e na transformação industrial dos produtos agrícolas.
"Não me canso de dizer que temos um défice na nossa balança alimentar, precisamos de o corrigir e isso só possível diminuindo as importações através de um aumento da produção nacional", afirmou.
Seguro congratulou-se com o anúncio feito hoje pelo Governo, "finalmente, ao fim de dois anos", de criação do Banco de Fomento, desejando que o novo quadro comunitário de apoio seja colocado "rapidamente em execução".
Lusa/SOL