José Lello, deputado e apoiante de Sócrates, rejeita a ideia de um low profile socrático nestas primárias. “Eu tenho andado diariamente na campanha. E há mais casos, como o do ex-ministro Santos Silva”. O braço-direito de Sócrates, Pedro Silva Pereira, recém-eleito eurodeputado, não tem podido participar “por andar fora”, explica ainda Lello.
José Sócrates tem feito campanha no seu programa de opinião, ao domingo, na RTP1. Na emissão de 14 de Setembro, voltou a manifestar apoio a Costa e atacou Seguro, de forma violenta. “Falar de traição (a Costa) é um insulto ao PS”, disparou, responsabilizando ainda o secretário-geral pela “baixa qualidade” dos debates televisivos.
Costa, no primeiro debate, na TVI, criticou os governos de Sócrates, por ter usado “a maioria absoluta com auto-suficiência” e não ter feito “acordos alargados sobre as infra-estruturas”. No dia seguinte, na SIC, diria que o Contrato de Confiança, de Seguro, era uma apropriação do programa eleitoral do ex-líder, defendendo várias bandeiras da governação socrática. Ainda que assuma o legado de Sócrates, Costa, até ao final da campanha, evitará dar a ideia de que é 'tutelado' pelo ex-primeiro-ministro.