"Isso não é a cultura democrática do PS. Isso é populismo incompatível com o PS", disse, sustentando que "falso moralismo nada tem a ver com a transparência ou ética republicana".
Manuel Alegre, que falava numa acção do candidato às primárias António Costa, em Coimbra, sustentou que a ideia de "arco da governação é uma armadilha que pretende amarrar o PS à direita, como uma espécie de 3.º partido à direita", frisando a necessidade de diálogo e de "trabalho sem ilusões" com o PCP e o BE e de espaço para movimentos de cidadãos.
Aquando da fundação do partido, "defendíamos uma democracia parlamentar e um parlamento pluripartidário, com uma larga representação nacional, onde coubessem as mais diversas sensibilidades", recordou Manuel Alegre, considerando que a proposta de Seguro "põe em risco a permanência dos mais pequenos partidos".
Referindo-se a António José Seguro, o histórico socialista frisou que "o líder político [do PS] não se pode comportar como se não houvesse história", criticando também a proposta do actual secretário-geral para a redução do número de deputados.
O também membro fundador do partido realçou que o PS não tem de ter "medo das eleições" primárias, comentando que estas fortalecem o partido, ao conseguir "mobilizar muitos militantes tristes e inactivos" e ao dar uma "oportunidade a muitos portugueses de participarem numas eleições tão importantes para o país".
Lusa/SOL