“A questão é quando vai sair” e não se vai sair, reforçou o autarca, que falava à agência Lusa a propósito da eleição de António Costa como candidato socialista a primeiro-ministro, no domingo.
Nessa altura, “assumirá a presidência o doutor Fernando Medina”, actual vice-presidente, que, “independentemente dos méritos pessoais, tem uma legitimidade política menor”, acrescentou António Prôa.
O social-democrata explicou que o número dois do município poderá encontrar algumas dificuldades, como “a afirmação no seio da própria equipa, que será liderada por alguém que não deu a cara nas eleições” e que “não personificou a vitória”, como António Costa.
Além da dificuldade na gestão interna, o vereador frisou que a substituição alterará “a forma como os lisboetas olharão” para Fernando Medina, afirmou.
No entanto, segundo António Prôa, esta situação permitirá que a cidade volte a ter um presidente a tempo inteiro, o que não acontece há quatro meses.
“A continuação de um presidente em ‘part-time’ não é boa para a cidade”, considerou.
Em 2011, numa altura em que se discutia a sucessão de José Sócrates à frente do partido, António Costa explicou que não entrava na corrida por não ser “possível acumular a liderança do PS e a presidência da Câmara de Lisboa”.
Questionado em Junho deste ano pela agência Lusa relativamente à mudança de posição sobre a possibilidade de assumir a liderança do PS e manter-se à frente da autarquia, António Costa disse que “as circunstâncias são hoje diferentes, como toda a gente sabe, e portanto há outras condições diferentes”.
No sábado, ao Diário de Notícias, o presidente da Câmara de Lisboa indicou que a ocasião em que deixará a autarquia será determinada “no momento próprio”.
Lusa/SOL